A mistura de imprudência e outro acidente que causou a morte de uma criança, na noite da última segunda-feira (11), na rodovia Civit II, no bairro Maringá, na Serra, reacendeu a discussão sobre a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças de até dez anos.
Davi de França, de cinco anos, morreu na hora após ser lançado com o impacto da batida. Segundo a Polícia Militar, ele não estava na cadeirinha. Davi faria o aniversário de seis anos no dia do acidente.
O uso da cadeirinha é obrigatório e está previsto em lei, desde 2010. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e resolução do Conselho Nacional de Trânsito, as crianças devem ser transportadas no banco traseiro dos veículos até completarem dez anos de idade.
Durante o transporte, as crianças precisam usar a cadeirinha, o acento elevado, ou o cinto de segurança, dependendo da idade, peso e altura da criança. No caso de uma colisão, a criança não é arremessada para fora do veículo, evitando mortes.
Se o motorista for flagrado transportando uma criança sem a cadeirinha, é multado, recebe sete pontos na carteira de habilitação e tem o veículo retido até resolver a situação.
O acidente
O acidente que matou Davi de França, de cinco anos, aconteceu entre dois veículos e um caminhão. O motorista de um dos veículos, Altamiro Machado Ribeiro, de 64 anos, ficou ferido. O motorista do veículo suspeito de provocar o acidente, Anderson Araújo de França, 37, pai de Davi, não se feriu.
O carro perdeu o controle quando o pneu furou, invadiu a contramão e colidiu com um caminhão. Ainda desgovernado, o veículo bateu em uma picape. O acidente aconteceu na rodovia Civit II, bairro Maringá, na Serra, na noite da última segunda-feira (11).
De acordo com a Polícia Militar, o pai não possui carteira de habilitação e por estar em estado de choque foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital Dr. Jaime dos Santos Neves, na Serra.