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Ações solidárias e live com dupla Breno e Bernardo movimentam o 'Dia de Cooperar' no Espírito Santo

A expectativa é beneficiar mais de 75 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social no Estado, principalmente aquelas que estão enfrentando dificuldades por conta da pandemia do novo coronavírus

Foto: Divulgação

O tradicional Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado sempre no primeiro sábado de julho, será realizado neste ano totalmente repaginado. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as comemorações do Dia C serão 100% virtuais. 

O evento, que acontece em todo Brasil, promete beneficiar no Espírito Santo mais de 75 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, principalmente aquelas que estão enfrentando dificuldades por conta da crise na saúde e na economia.

No Estado, 46 cooperativas já se cadastraram para participar da programação, que envolve a arrecadação de alimentos, recursos financeiros e produtos de higiene para as comunidades, instituições e hospitais locais. Além disso, haverá lives orientativas e educativas, plantio de árvores e cursos online.

Cada cooperativa poderá se mobilizar e divulgar suas atividades da forma que quiser, desde que respeite as orientações dos órgãos nacionais e internacionais de saúde, para evitar a propagação do coronavírus.  As ações solidárias continuam durante todo o mês de julho.

Live com Breno e Bernardo

Na sexta-feira (03), às 19h30, um dia antes do ‘Dia C’, acontece o “esquenta” com o show ao vivo da dupla sertaneja Breno e Bernardo. A atração especial, comandada pela jornalista Chris Lemos, da Rede Vitória, será no Canal da dupla no YouTube e totalmente voltada para o Dia de Cooperar capixaba! Serão três horas de show e muita solidariedade. Quem quiser contribuir, poderá fazer doações através de um QR Code especial criado para o evento.

Foto: Divulgação

Setor é parte importante da economia capixaba

De acordo com os dados de maio deste ano, o Espírito Santo conta com 119 cooperativas cadastradas na OCB/ES e cerca de 445 mil cooperados. Estas organizações geram 8.650 empregos diretos formais. Somando com os empregos informais, são cerca de 20 mil pessoas atuando no setor.

O levantamento de 2018 mostrou que 4,25% do PIB capixaba é resultado do trabalho desenvolvido por cooperativas capixabas. O estudo revela ainda que o setor movimentou R$ 358,44 milhões em investimentos no Espírito Santo.

Cooperativas capixabas sentiram impacto da pandemia

De acordo com Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do Sistema OCB/ES (Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras -ES), a pandemia alterou a forma de trabalho das cooperativas capixabas cadastradas e teve impactos em todas as áreas.

“Praticamente 90% dos setores administrativos tiveram de se adequar e adotar o teletrabalho. As cooperativas agroindustriais, financeiras e médicas, por questões óbvias, estão trabalhando de acordo com o ‘novo normal’, respeitando os protocolos sanitários, com todo o cuidado possível”, disse.

Novas soluções

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Ainda segundo Carlos André, para não deixar de prestar seus serviços e oferecer seus produtos, as cooperativas do Estado, por conta da pandemia, também tiveram de adiantar os projetos de migração para o ambiente online.

“Todas já tinham planos de, aos poucos, adequar suas áreas de atuação no mundo virtual. A pandemia do coronavírus, no entanto, fez com que esses projetos fossem agilizados, praticamente na velocidade da luz, para que as cooperativas pudessem acompanhar a nova realidade e as necessidades de seus clientes e consumidores”, explicou o superintendente.

Exemplo destas mudanças foram vistas em cooperativas do ramo alimentício, que rapidamente buscaram investir em entregas a domicílio, atendimento por aplicativos e e-commerce. Segundo Carlos André, esse movimento tem acontecido principalmente na Grande Vitória e está se expandindo para o interior do Estado.

Adaptações identificadas também em cooperativas médicas e financeiras, que estão intensificando os investimentos nas áreas tecnológicas, buscando atender as novas necessidades dos clientes e criar novos produtos e serviços.

Preocupação

Apesar das mudanças e investimentos que, no futuro, vão beneficiar ainda mais consumidores, a OCB/ES também manifesta preocupação com categorias que estão fragilizadas por conta da pandemia. É o caso das cooperativas educacionais e de transporte escolar.

De acordo com o superintendente Carlos André, as escolas estão enfrentando dificuldades com a inadimplência e a necessidade de investimento em recursos tecnológicos para oferecer aulas online. “Sem funcionar e sem receber todas as mensalidades, a conta não fecha”, disse.

Com as cooperativas de transporte escolar, o problema também gera preocupação na OCB/ES. “Desde a segunda quinzena de março, as cooperativas estão paradas. Os motoristas, que são chefes de família, estão sem renda e ainda sem encaixe nos programas de socorro do governo federal e estadual. Estamos buscando saídas conjuntas para que eles tenham alguma solução”, explicou Carlos.