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Takashi Nakano, principal advogado do ex-executivo da Nissan Carlos Ghosn, escreveu post em blog dizendo que a princípio ficou com raiva e se sentiu traído da fuga do seu cliente, mas que entendeu a preocupação de Ghosn em não ter um julgamento justo no Japão.
“Eu fui traído, mas aquele que me traiu não foi Carlos Ghosn”, disse o advogado, completando que a raiva com seu cliente acabou se tornando outra coisa. Takano comentou que Ghosn foi proibido de ver sua esposa e que o ex-executivo tinha preocupações se seria julgado com justiça por conta dos vazamentos dos promotores do caso para a imprensa local.
O advogado falou que nunca se sentiu tão traído pelo sistema judiciário japonês na forma como foi conduzido o caso de Ghosn, citando as várias restrições impostas ao ex-executivo da montadora japonesa na sua prisão domiciliar.
Takano escreveu que a grande maioria das pessoas não conseguiria realizar uma fuga como a de Ghosn, mas que se pudessem “eles certamente tentariam”.