Um total de 60 estabelecimentos foram fiscalizados pela Prefeitura de Vitória, da última sexta-feira (12) até a manhã desta segunda (15). Desse total, pelo menos 19 estavam descumprindo as medidas de prevenção contra o novo coronavírus e, por causa disso, foram multados ou notificados. Além disso, alguns tiveram mercadorias, mesas e equipamentos de som apreendidos.
As ações foram feitas em conjunto entre a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade (Sedec), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), a Secretaria de Segurança Urbana (Semsu), a Vigilância Sanitária de Vitória, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Segundo a prefeitura da capital, a equipe atua em dois turnos, no sentido de fiscalizar o horário de funcionamento dos bares e restaurantes e, também, se estão seguindo os protocolos de segurança.
Vitória está classificada em “risco moderado”. Com isso, bares e restaurantes só podem funcionar de segunda a sábado, até as 22 horas, e no domingo, até as 16 horas. De acordo com a prefeitura, durante as abordagens aos estabelecimentos, são repassadas orientações educativas, no sentido de engajar os responsáveis e seus colaboradores a adotarem uma postura em prol do bem coletivo.
Os fiscais de Posturas da Sedec também vistoriam a presença de ambulantes em possíveis pontos de concentração de pessoas ao longo de todo o dia. No sábado (13), durante uma abordagem no Centro, houve a apreensão de cinco mesas utilizadas por um estabelecimento como apoio para venda de bebidas alcoólicas na rua. Os fiscais também estão presentes nas praias e circulam por toda a cidade.
A equipe do Disque-Silêncio também está de plantão. Carros de som e caixas portáteis são proibidos, e o valor médio da multa é de R$ 6.878,72. De sexta até a manhã desta segunda, foram apreendidos seis caixas e um equipamento de som, este último em uma festa irregular em uma marina no bairro Santa Luiza.
“A grande maioria dos estabelecimentos cumpriu as normas sanitárias, porém alguns ainda tentaram agir de forma clandestina, de forma irregular, produzindo aglomerações”, destacou o secretário de Desenvolvimento de Vitória, Marcelo de Oliveira.
Mais aglomerações
Em Guarapari, uma confusão deixou os moradores da região da Praia das Castanheiras, no centro da cidade, assustados. Populares registraram o momento que uma multidão saiu correndo pela orla da praia.
A confusão teria começado com uma briga entre banhistas durante um evento clandestino. A polícia precisou usar bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispensar a multidão.
Por meio de nota, a Prefeitura de Guarapari afirmou que tem atuado junto ao Estado, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros no serviço de abordagem a diversos locais com grande concentração de pessoas. Ainda segundo a prefeitura, não houve registro de denúncias pelo Disque-Aglomeração.
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Em Vila Velha, entre sábado e domingo, foram lavradas 10 notificações, incluindo paralisações de som e orientações de aproximadamente 20 estabelecimentos comerciais como lanchonetes, bares, restaurantes dentre outros.
Durante toda a noite, foram desarticuladas festas clandestinas pelas equipes da prefeitura, sendo uma na Barra do Jucu, no calçadão da Praia da Costa e um bloco clandestino na rua Hernane Souza, no bairro Divino Espírito Santo. Todos foram dispersados.
Na Barra do Jucu, de acordo com a Guarda Municipal, estavam cerca de 500 pessoas; no calçadão, aproximadamente 150; e no bairro Divino Espírito Santo, estavam, aproximadamente, 100 pessoas. Ninguém foi preso e nenhum estabelecimento foi multado até o momento, segundo a prefeitura.
Também houve flagrantes de desrespeito às medidas de combate à pandemia na Serra. Um baile funk clandestino, que era realizado num posto de gasolina no bairro São Lourenço, foi encerrado. Ao todo, cinco estabelecimentos foram notificados em Bicanga, e três foram fechados, segundo a prefeitura.
Interior
Em Marataízes, no litoral sul do estado, muita gente também descumpriu as recomendações de distanciamento social. Policiais militares dispersaram um bloco clandestino, na noite de sábado. A PM afirmou que, em casos como esse, em que a população se recusa a sair, não dispensa o uso de balas de borracha.
No balneário de Guriri, em São Mateus, no norte do estado, uma grande quantidade de pessoas se aglomerou no meio da rua. Um dos vídeos feitos no local mostra a polícia tentando dispersar o público.
Também foram registradas aglomerações na avenida da praia de Iriri, em Anchieta.
Para o médico infectologista Crispim Cerutti, as consequências da falta de consciência não demoram a aparecer. “Os resultados disso serão dramáticos. As pessoas vão se infectar, vão levar o vírus para dentro de suas casas, vão infectar seus entes queridos. Isso resultará em hospitalizações e, infelizmente, mortes”, destacou o especialista.
