Uma parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública com a Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, vai auxiliar na busca de pessoas desaparecidas no Brasil.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
As redes sociais vão emitir alertas aos usuários com informações a respeito de crianças e adolescentes desaparecidos que estejam em risco de vida ou de lesão corporal. A parceria foi anunciada em agosto.
Como funcionar o Alerta Amber?
Os avisos, chamados “Alerta Amber”, são divulgados em um raio de 160 km da ocorrência. As autoridades devem informar ao ministério sobre os casos e a pasta entra em contato com as plataformas. Inicialmente, apenas três Estados contam com o serviço: Minas Gerais, Distrito Federal e Ceará.
A expectativa é de que o modelo seja ampliado para todo o País até janeiro, mas isso depende da adesão dos Estados.
LEIA TAMBÉM: Golpistas enviam falsos e-mails em nome do Procon para roubar dados de empresas
Além de informações a respeito de crianças e jovens desaparecidos, as publicações podem conter informações adicionais, por exemplo, relativa às características do eventual veículo que tenha sido usado no rapto, entre outras.
Brasil registra quase 200 desaparecimento por dia
Segundo dados do ministério, o Brasil registra cerca de 199 desaparecimentos por dia. Entre esses casos, cerca de 120 pessoas são encontradas. A expectativa da pasta é reduzir o passivo de casos não solucionados.
“Estamos restabelecendo com Estados um fluxo de como esses desaparecimentos são registrados, como são posteriormente classificados e como comunicam a localização dessas pessoas. O primeiro trabalho é de consolidação de dados. O segundo é de definição de protocolos e manuais relativos a esse tema e o terceiro passo é em parceria com a Meta“, afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino.
LEIA TAMBÉM: VÍDEO | Cabras são flagradas em carroceria de caminhonete na Terceira Ponte
Os alertas emitidos no Facebook e no Instagram já estão em uso em cerca de 30 países. A medida é focada em desaparecidos menores de 18 anos, que são considerados mais vulneráveis. A diretora global de Responsabilidade e Segurança da Meta, Emily Vacher, afirmou que os avisos não serão corriqueiros para garantir sua efetividade.
“Gostaria de enfatizar que esses alertas serão usados raramente. Só utilizaremos em caso de maior risco e que tenham condição de serem resolvidos com ajuda do público“, afirmou Emily.
Além dos avisos, a Secretaria Nacional de Segurança Pública vai implementar um protocolo de análise de risco para priorizar casos a serem resolvidos. A medida pretende incrementar o potencial de resolução dos casos nos Estados. A pasta também fará um cadastro provisório de pessoas desaparecidas e um mapeamento dos casos em aberto.
*Com informações do Estadão Conteúdo.