A Escola Americana de Vitória, na capital do Espírito Santo, recebeu capacitação e treinamento oficial do Corpo de Bombeiros para que alunos e funcionários estejam aptos a reagir de forma adequada em casos de incêndio e emergências.
O “Projeto Escola Segura”, que também já contemplou o colégio Sesi, em Jardim da Penha, também em Vitória, faz parte de um programa chamado “Espírito Santo Seguro”, que trabalha por meio de diversos eixos temáticos.
Agora que a instituição, localizada no bairro Bento Ferreira, já conta com o Plano de Prevenção e Emergência estruturado e com as equipes capacitadas de acordo com as diretrizes do projeto, o próximo passo será o simulado para a obtenção da Certificação.
De acordo com o Tenente-coronel Paiva, do CBMES, o selo é uma espécie de “ISO”, que não existe, ao menos neste formato, em outros locais do Brasil. O treinamento aconteceu na segunda-feira (05) passada.
“O foco é salvar vidas. Acreditamos que, pela prevenção, possamos ser muito frutíferos. São treinamentos, capacitações, aliados às questões de segurança contra incêndio, que envolvem o uso dos equipamentos e sistemas instalados, para evitar que as pessoas percam patrimônio ou que, muito pior, fiquem feridos”, disse.
O projeto de certificação é composto por três fases. A primeira delas é a de cumprir o requisito formal de que o local tenha alvará de licença do Corpo de Bombeiros, que atesta os requisitos mínimos de proteção contra incêndios, como a presença de extintores, saídas de emergência, para-raios, hidrantes e outros.
Além do critério básico, é preciso que as pessoas saibam se comportar em uma situação de emergência.
“Para isso desenhamos o plano de prevenção e emergência, que deve contemplar tudo que a edificação tem e todos os seus atores. Definimos o papel de cada um: quem vai acionar o alarme, quem vai ligar para os bombeiros, quem vai fazer o primeiro combate, se conseguir. Se não conseguir, que saiba pelo menos fazer o abandono da edificação de maneira ordeira, para que as pessoas aguardem em local seguro a chegada dos bombeiros”, destacou a autoridade.
Após as primeiras etapas, é aplicada a prova prática para a concessão ou não da certificação. Nela, é feito um simulado de abandono predial em que as pessoas vão exercitar todos os conhecimentos que aprenderam nos treinamentos. Segundo Paiva, é necessário obter pelo menos 70% de acerto no dia do teste para obter o tão aclamado selo.
“Escola é um lugar de aprendizagem contínua e a vida é o maior bem que a gente tem”, diz diretor
Para o diretor da Escola Americana de Vitória, Cristiano Carvalho, a certificação de “Escola Segura” representa um selo de qualidade que capacita a comunidade escolar para executar planos de emergência.
“Começamos o treinamento com alguns membros chaves que serão multiplicadores desses procedimentos, que foram treinados para fazer o esvaziamento da escola, por exemplo, e a trabalharem de forma preventiva. Os alunos também serão treinados para isso e vamos realizar simulados periódicos”, afirmou.
“Na prática, escola é um lugar de educação e aprendizagem contínuas. A vida é o maior bem que a gente tem. E com esses conhecimentos visamos prevenir acidentes, cuidar da vida e orientar para que as pessoas consigam lidar de forma tranquila com qualquer urgência, é algo que comunica com a função educadora da escola”, explicou Carvalho.
Para ele, quando acontece uma situação de emergência, a vantagem de estar capacitado é não ter que começar a pensar em um plano do zero. “Existe uma disciplina de cuidado com a vida. O programa visa educar a comunidade para proteger o bem maior e isso tem tudo a ver com a nossa escola. Faremos nosso primeiro simulado neste mês e, ao sermos aprovados, precisaremos renovar a validade a cada ano”, finalizou.