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Alunos de escola particular de Vitória simulam tragédia de Mariana

Um ano depois da queda da barragem de Mariana, a região continua deserta. O desastre foi o maior acidente mundial com barragens em 100 anos

Alunos de escola particular de Vitória simulam tragédia de Mariana
Os alunos participaram de uma simulação Foto: Divulgação

Um aquário coberto com rejeitos virou um mar de lama e serviu como simulador da tragédia de Mariana, que completou um ano no último sábado (5). O trabalho desenvolvido pelos alunos da Escola da Ilha Novo Mundo, foi apresentado durante uma exposição de projetos, produzidos pelos estudantes. Entre eles está o “SOS Rio Doce. 

“Nosso aluno Ryan Augusto foi até o Rio Doce, colheu amostras do Rio logo após a tragédia e trouxe para a sala de aula. Esse material serviu como base para nossos estudos e desenvolvimento do assunto, explicou a professora Ana Paula do Nascimento. 

Desde o início do ano, os alunos estudam os estragos que o mar de lama com rejeitos, trouxe para a população ribeirinha e para o meio ambiente. Os estudantes visitaram a população ribeirinha que vivia da pesca. “Os pescadores contaram o drama que estão vivendo sem poder entrar no rio para pescar. Os alunos também pesquisaram jornais, sites na internet e descobriram os estragos irreversíveis para o meio ambiente”, destacou Ana Paula.

Peixes morreram

Análises feitas na água do Rio doce mostram a contaminação pesada com metais, entre eles estão ferro, alumínio e manganês.  Na época da tragédia milhares de pessoas ficaram sem água. Durante vários dias, o abastecimento foi feito com carros pipa. O abastecimento só restabelecido após estudos. Até hoje, pescadores de Colatina, Baixo Guandú, no noroeste do Estado e Regência, em Linhares, não estão liberados para exercer a atividade.