Estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Vila Velha fizeram bonito no Prêmio Internacional Poliempreende, que reuniu equipes do mundo todo com propostas de projetos inovadores, durante a Semana Nacional do Empreendedorismo, organizada pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Portugal.
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O primeiro lugar ficou com os estudantes do terceiro ano do ensino médio. Os alunos criaram um protótipo de uma fábrica de bioinsumos, que substituem o uso de agrotóxicos em propriedades rurais.
“O grande diferencial é que a nossa produção seria portátil com uma grande facilidade de produção e a mínima contaminação possível garantindo a redução de custo para o produtor e a maior produtividade também”, explicou o estudante Pedro Monteiro.
Eles competiram com outros estudantes do Brasil, Portugal, Moçambique e Espanha.
Outro projeto vencedor foi o da ideia de usar realidade aumentada em embalagens de cosméticos levou terceiro lugar no concurso. O objetivo é ajudar pessoas alérgicas a entender melhor os rótulos.
“Os rótulos vêm com informações muitas vezes não o suficientes para que a pessoa possa identificar algum ingrediente que ela é alérgica, por exemplo. Tendo em vista esse problema a gente resolveu trazer uma solução que seria trazer a tecnologia e esses adventos tecnológicos para interagir a empresa cosméticas e os consumidores”, descreve a estudante de Biomedicina Vitória de Aguiar.
Uma segunda turma do curso de Biomedicina conquistou ainda a menção honrosa com um aparelho que consegue detectar doenças na pele causadas por bactérias antes que ela se torne uma infecção generalizada.
“A ideia é encostar o protótipo na pele e através de um banco de dados ele vai fornecer valores numéricos e conseguir identificar diferentes bactérias. Assim, vamos conseguir efetuar um diagnóstico mais rápido e eficaz, evitando que o paciente evolua para um caso muito grave que ele perca qualidade de vida ou até mesmo para casos fatais”, destaca a Mariana Dino, estudante de Biomedicina.
Ao todo, os estudantes ganharam quase R$ 12 mil na premiação. O dinheiro será usado para desenvolver os projetos e atrair investidores.
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“A partir de agora, estamos procurando empresas que possam contribuir com o desenvolvimento dessas ideias. Temos duas empresas que estão ajudando os alunos a desenvolver o protótipo”, comemora Marcelo Paes, professora do Ifes.
Os trabalhos já têm chamado atenção. A empresa de Fabio Paulino atua na área de bioinsumos e quer ajudar no desenvolvimento da fábrica idealizada pelos estudantes.
“Vimos este potencial neles e iremos começar a trabalhar juntos e desenvolver juntos essa tecnologia”, planeja.
Confira abaixo os projetos e participantes:
1º LUGAR: Produção em larga e pequena escala de insumos agrícolas microbiológicos
Participantes: Maria Fernanda Zandonadi Pereira, Pedro Antônio Mandarano Penha, Pedro de Souza Rocha e Pedro Monteiro de Figueiredo Gonçalves. Alunos do Técnico em Biotecnologia.
Descrição: “O uso exagerado de agrotóxicos é extremamente prejudicial à saúde humana, assim como para a água, solo e demais seres vivos. Por isso é essencial pensarmos em alternativas de insumos agrícolas que não promovam tais impactos negativos. Nosso projeto pretende desenvolver insumos agrícolas microbiológicos, com objetivo de minimizar os riscos de contaminação e gerar menor impacto ambiental, promovendo a produção segura de alimentos.”
3° LUGAR: Knowing Cosmetics
Participantes: Vitória de Aguiar Castro, Ayra Goes Lima, Renata da Silva Silvares e Milena Ribeiro dos Santos. Alunas da Biomedicina.
Descrição: “Consumidores de cosméticos não conseguem ler ou entender informações de rotulagem de cosméticos. Empresários e CEO’s de empresas de cosméticos têm interesse em tornar seus rótulos mais acessíveis. A Knowing Cosmetics oferece serviço de confecção e produção de rótulos cosméticos acessíveis por meio de interatividade (QR Code) com a embalagem e disponibiliza a nomenclatura internacional dos ativos ingredientes com a tradução em português.”
MENÇÃO HONROSA: Teste rápido para identificação de bactérias em lesões inflamatórias no tecido epitelial.
Participantes: Inara Teixeira Fernandes, Isadora Aiko Sugawara Araujo e Mariana Dalrio Dino.
Descrição: “O estudo da matéria de microbiologia permitiu perceber que muitas vezes a diversidade de microrganismos dificulta um diagnóstico exato, resultando no uso desnecessário de medicamentos que não conseguem tratar a causa da doença. Nosso objetivo é desenvolver um produto inovador que contará com uma tecnologia de detecção do tipo de bactéria para que seja feita a prescrição de antibióticos de forma mais certeira e segura ao paciente.”
MENÇÃO HONROSA: Modificação genética de bactérias para produção de enzimas que degradam plástico.
Participantes: Felipe Pedrini, Maria Eduarda Walcher, Tiago Rosário e Henrique Oliveira.
Descrição: “Não é novidade a problemática sobre resíduos plásticos em todo o mundo. Segundo novas pesquisas, já se utilizam microrganismos para a degradação do plástico. A nossa ideia é modificar geneticamente bactérias para produzir uma maior quantidade de enzimas que degradam plástico promovendo a reutilização e com possibilidade de gerar novos produtos ou subprodutos.”
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record TV