Um dos assuntos mais discutidos quando a mulher está prestes a dar à luz é sobre a amamentação. E não é para menos! Afinal, aninhado no colo quentinho da mãe, o bebê não apenas recebe carinho, mas o melhor alimento para sua saúde e desenvolvimento!
Muitas pesquisas já foram realizadas em todo o mundo sobre aleitamento materno e todas elas apontaram benefícios, tanto para a mulher quanto para o bebê. Uma das mais recentes indicou que a mulher que amamenta tem uma afinidade maior com o seu bebê. Na prática, isso significa que além do vínculo que se cria e das vantagens psicológicas e fisiológicas, amamentar faz com que a mãe identifique melhor o que seu bebê quer.
Esse mesmo estudo descobriu, ainda, que o cérebro da mamãe que amamenta é notadamente muito mais receptivo aos sinais do seu bebê do que as mulheres que oferecem mamadeira à criança. Acredita-se que essa diferença esteja ligada à ocitocina, um hormônio produzido durante a amamentação e que está relacionado também aos vínculos sociais.
“A amamentação libera ocitocina, conhecido como hormônio do amor. O olhar, o cheiro do bebê, tudo influencia na ligação da mamãe com seu bebê”, explica Rosana Lima, enfermeira auditora do Programa Baby Care, da Unimed Vitória.
O projeto existe há quatro anos, acompanha todos os cuidados necessários para uma amamentação adequada nesse momento tão delicado e carregado de emoção, e acumula conhecimento para compartilhar com as mães. “É preciso procurar um lugar tranquilo para amamentar, observar se o leite já desceu, se o bebê está pegando o bico direitinho e se a mulher sente dor na amamentação. Acima de tudo, a amamentação precisa ser um momento de prazer para mãe e filho”, ressalta Rosana.
A jornalista Carolina Moura Sá foi atendida pelo programa e é só elogios. Ela participou de palestras durante a gravidez, fez o curso para gestantes e seguiu à risca as orientações da nutricionista. Mas confessa que foi o atendimento a domicílio, na semana do nascimento de sua filha, Valentina, que mais a ajudou.
“Recebi a visita da Rosana Lima em casa e ela deu todas as dicas necessárias para o cuidado com a Valentina: ensinou como dar banho, as massagens para evitar cólica, como lavar olhinho, umbigo, como cortar unha… Mas o principal foi a ajuda que me deu com relação à amamentação. Tinha muito leite e minha filha não deu conta de mamar. Meus seios encheram demais, inflamaram e foi a Rosana, através do Baby Care, que me ajudou, com massagem e ordenha. Confesso que foram três dias de muita dor, mas consegui reverter o quadro e amamentar minha filha. Valentina mamou exclusivamente leite materno até os seis meses de vida”, lembra.
O super alimento
O leite materno é o alimento perfeito para o bebê. Ele contém nutrientes e enzimas balanceadas, com substâncias imunológicas que protegem o bebê e provêm tudo o que a criança necessita no comecinho de sua vida. O ato de amamentar supre as necessidades emocionais e diminui a ansiedade da mamãe e do bebê, através do primeiro contato pele a pele e olhos nos olhos.
Além disso, a aleitamento protege a criança contra uma infinidade de problemas, como doenças alérgicas, diversos tipos de câncer, desnutrição, diabetes mellitus, doenças digestivas, doenças crônicas como osteoporose, doença cardiovascular e ateroesclerose, obesidade, meningites, sarampo e outras doenças infecciosas, doenças respiratórias e otites, doenças do trato urinário e cáries. Ele ainda promove melhor desenvolvimento neuro-psicomotor infantil e cognitivo, aumenta o QI, promove melhor padrão cardiorrespiratório durante a alimentação, melhor resposta às imunizações e melhor equilíbrio emocional.
A mulher também tem várias vantagens ao amamentar. Ela se sente mais segura e menos ansiosa, corre menor risco de hemorragia no pós-parto, de ter anemia, contrair câncer de mama e de ovário, é menos propensa à osteoporose, volta ao peso normal mais rapidamente e está protegida de uma nova gravidez.