O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, chamou o movimento de amigos e familiares dos policiais militares de “irresponsável”. Em coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta na tarde desta terça-feira (7), junto com o comandante geral Nylton Rodrigues, ele fez uma análise dos últimos dias.
“Uma corporação com quase 200 anos de bons serviços prestados à população capixaba, a Polícia Militar. Temos muitos policiais, oficiais e praças, que estão com vergonha disso. O que está acontecendo é uma vergonha, uma insanidade. Não pode acontecer porque é um serviço de natureza essencial que não pode parar. Mas essas pessoas estão conseguindo jogar no chão, no lixo, a imagem de uma corporação tão importante, mas a Polícia Militar vai se recuperar disso”.
De acordo com o secretário, a situação está voltando ao normal e cerca de 500 policiais já estão patrulhando as ruas do Espírito Santo.
“Nós saímos de um processo de ausência de policiamento e começamos a ter agora. A presença do Exército foi muito importante neste primeiro momento e num número ainda insuficiente, eram 250 homens. Nós vamos ter 1200 a partir do final do dia de hoje e a sensação vai ser outra, de presença e circulação de forças e polícias. Repito, nós vamos concluir o dia com 500 policiais e amanhã o número será maior. Esse é o processo que está sendo previsto nesse planejamento conjunto para que a gente possa normalizar a situação. Hoje nós garantimos a circulação dos ônibus, temos militares do Exército nos terminais, Força Nacional vai assumir esse papel também”, garantiu.
Sobre a falta de diálogo e a demora na negociação com os familiares, André Garcia afirmou que recebeu os grupos para conversar.
“O processo de negociação sempre esteve aberto. Pessoalmente já conversei com três grupos diferentes de mulheres e ontem à noite com advogado, mas em nenhuma dessas circunstâncias chegou-se a um acordo por parte delas. Parte está apostando nessa irracionalidade e irresponsabilidade que é o movimento e estamos tratando isso do ponto de vista judicial. Inclusive, na possibilidade de responsabilização das mulheres que estão lá a frente obstruindo a prestação de um serviço público. Todas essas questões estão sendo consideradas porque o primeiro e mais importante foco é policiar, seja com Exército, Marinha, Aeronáutica, PM. Depois nós vamos tratar dessas outras questões relacionadas e as consequências desse movimento, que vai pagar uma conta muito cara de muita insegurança e mortes que aconteceram aqui no estado”.
O secretário disse ainda que a prioridade é policiar as ruas e retornar com a segurança para a população.”A prioridade é policiar as ruas, pois precisamos retomar a normalidade. “A prioridade é policiar as ruas, pois precisamos retomar a normalidade. Essa questão vai ser resolvida do ponto de vista judicial, descumprimento de ordem judicial, temos situação em que pode configurar um crime de desobediência ou por obstruir a prestação de um serviço público, tudo isso está sendo considerado”.