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A capital capixaba completa nesta segunda-feira (8) 463 anos. E durante todo esse período a cidade cresceu, mudou, ficou mais moderna e ainda mais bonita. É impossível não se encantar com as belezas de uma das capitais mais encantadoras do País, mas são poucos moradores e turistas que conhecem a história que existe por detrás de cada rua ou ponto turístico da ilha de Vitória.
A fundação do Espírito Santo e de Vitória começou apenas 34 anos depois do Brasil ter sido descoberto em 1500. Explorando a região, os portugueses buscaram um local mais seguro para se guardarem dos ataques dos índios e de outros estrangeiros, principalmente de holandeses e franceses. Eles seguiram, então, pela baía de Vitória e, contornando a ilha, aportaram em Santo Antônio.
A maioria dos monumentos foi construída entre os anos de 1908 e 1912. Até as décadas de 30 e 40 tudo girava em torno do Centro e da Vila Rubim. Logo depois do período da colonização, inúmeras fortalezas foram construídas para evitar o contrabando e os ataques às regiões de minas. Além disso, soldados foram designados para proteger o ouro e as riquezas do Estado.
A capital conhecida por muitos como “Cidade Presépio” recebeu o apelido por ser muito bonita e iluminada. Quando aqui chegavam ainda no período da colonização, os tripulantes dos navios ficavam encantados com as belezas da ilha.
E para homenagear a cidade de Vitória, o Folha Vitória separou diversas fotos das belezas e de pontos importantes da capital. Mas não é qualquer tipo de foto. As imagens mostram como eram e como estão as praças, monumentos e lugares históricos que marcaram décadas. Confira e embarque nessa viagem!
Baía de Vitória
Utilizada para as primeiras navegações, a Baía de Vitória representava a segurança da ilha. A região favorecia o comércio porque os navios que entravam no porto ficavam protegidos.
Cine Teatro Glória
Um dos símbolos de lazer na década de 20, o prédio do antigo Teatro Glória foi a primeira construção com cinco andares da cidade. O local foi projetado pelo arquiteto alemão Ricardo Wright e apresenta uma mistura de estilos arquitetônicos. O prédio passa por uma reforma para a instalação do Centro Cultural Sesc Glória. A obra prevê a reestruturação do espaço que terá sete andares e contará com cybercafé, livraria, galeria de arte, restaurante, cinema, biblioteca, bar, mirante e jardim no terraço.
Palácio Anchieta
Uma das sedes de governo mais antigas do Brasil, o Palácio Anchieta, foi construído para funcionar como colégio jesuíta. Com a chegada dos padres Brás Lourenço e José de Anchieta à cidade, a construção recebeu uma base mais sólida. Anchieta foi um dos personagens mais significativos da ordem jesuíta no Brasil, e ficou conhecido pelo trabalho com os nativos da Região Sudeste. O túmulo simbólico do religioso se encontra no local onde era o altar-mor da antiga igreja.
Ponte da Passagem
A nova Ponte da Passagem foi inaugurada em 2009 com um novo designer. Ela liga a parte continental de Vitória e município da Serra. Além disso, é considerada um cartão postal da capital e verdadeiro marco do desenvolvimento da cidade. O equilíbrio entre as paisagens natural e urbana encanta pedestres e ciclistas que fazem a travessia no Canal de Camburi.
Ponte Florentino Ávidos
A primeira ligação da ilha com o continente, a Ponte Florentino Ávidos significou um avanço da economia do Estado para o comércio exterior. Também conhecida como Cinco Pontes, ela foi inaugurada em 1928 e até hoje liga a Capital do Estado ao município de Vila Velha.
Praça Costa Pereira
Conhecida inicialmente como Largo do Teatro, por abrigar o Teatro Melpômene (que depois deu lugar ao Theatro Carlos Gomes), o Largo Costa Pereira ganhou esse nome em homenagem ao conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Júnior, importante figura abolicionista. Muitos anos se passaram até que o Largo fosse chamado de Praça, por causa da lentidão nos processos de paisagismo e pavimentação. A Praça Costa Pereira é um dos mais importantes espaços históricos do Centro da capital e foi toda reurbanizada.
Praça Oito
Inaugurada em outubro de 1909, a Praça Oito de Setembro, inicialmente conhecida como Praça Santos Dumont, é um dos principais monumentos históricos do Centro de Vitória. O nome “Praça Oito” é uma homenagem à data de fundação da cidade. Ela foi erguida no antigo Cais da Alfândega, em um momento de grandes mudanças urbanísticas e arquitetônicas na capital, e se tornou símbolo dos avanços que tinham como objetivo romper com o passado colonial capixaba.
Praia de Camburi
As praias da capital fazem a alegria dos turistas que passam férias na cidade. Camburi é a única praia da capital que fica na área continental. Com seus seis quilômetros de extensão, é completamente urbanizada e arborizada e o inicio há um monumento à Iemanjá. A orla da praia passou por reformas recentemente e novos quiosques, ciclovia e academia popular podem ser encontrados no local.
Saldanha da Gama
A construção de um forte de madeira e palha em 1582 serviu para a defesa da capitania do Espírito Santo de possíveis invasões. Vinte anos depois, com a construção do Forte São João, foram colocados os canhões que até hoje são vistos no local. Já no século XX, um dos pontos de encontro dos capixabas e visitantes era a casa de diversão Trianon, que foi construída em cima das ruínas do forte. A falência de seu proprietário é atribuída à inauguração do Hotel Majestic, em 1926, que passou a atrair a preferência de vários hóspedes importantes. Depois disso, a construção passou a ser a sede do Clube de Regatas Saldanha da Gama.
Theatro Carlos Gomes
O teatro mais antigo do Espírito Santo abriu suas cortinas pela primeira vez em 1927. Localizado no Centro de Vitória, sua inauguração vinha preencher a lacuna deixada pelo Teatro Melpômene, demolido após um incêndio. Em 1929, foi arrendado por uma empresa particular, sendo utilizado apenas para exibição de filmes. Reinaugurado em 1970, o Theatro Carlos Gomes foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura – CEC em 1983, mantendo-se ativo na apresentação de peças e espetáculos de música e dança.
Terceira Ponte
Um dos principais cartões postais do Espírito Santo, a Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça é uma das maiores do país. Mais conhecida como Terceira Ponte, recebeu esse apelido logo que o projeto de construção foi anunciado, ainda em 1978, durante o governo de Élcio Alvares. Naquela época, Vitória tinha apenas a Ponte Florentino Avidos, inaugurada em 1928, e a Segunda Ponte, inaugurada em 1979, mesmo ano em que começou a construção da Terceira Ponte. Mas a obra logo parou, por falta de recursos. Entre inúmeras retomadas e paralisações, a obra se arrastou por onze anos e quatro governadores, antes de ficar pronta, em 1989, no governo de Max Mauro.