O retorno às aulas no Espírito Santo pode trazer uma grande inovação: os anos letivos de 2020 e 2021 podem ser unificados para que o impacto na vida dos estudantes seja menor. Devido à pandemia do novo coronavírus, ainda não há uma data para o retorno às atividades escolares, mas a união dos anos letivos está em discussão.
A informação foi passada pelo secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, durante uma live no Instagram da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Durante a live, realizada nessa terça-feira (5), Vitor de Angelo conversou com uma estudante do terceiro ano do Ensino Médio da rede estadual, que representava todos os alunos.
De acordo com o secretário, é preciso aguardar, pois estamos vivendo um momento de muita expectativa. “Precisamos aguardar, mas pensar em ciclos pode ser uma saída, pois diminui a perda. O ano de 2020 tem dois semestres e se trabalharmos todo o conteúdo em um semestre neste ano, perderemos 50% do conteúdo. Porém, se juntarmos 2020 e 2021 serão quatro semestres trabalhados a partir do retorno e a perda será de 25%. Precisamos pensar em minimizar as perdas dos estudantes”, explicou.
Para Vitor de Angelo, isso faria muito sentido para quem está no segundo ano e nas séries anteriores. “Ao invés de correr atrás do ano de 2020, poderíamos juntar os anos de 2020 e 2021. Temos que decidir quais os critérios usaremos para saber quem está aprovado ou não. Alguns países, eliminaram a reprovação. Não estou defendendo isso, mas isso é discutido em outros países devido à pandemia”.
ENEM
Durante a live, o secretário falou, ainda, sobre as perdas para os alunos do terceiro ano, que ainda têm o Exame Nacional do Ensino M´édio (Enem) à frente. “Neste momento é muito difícil mensurar as perdas, mas elas estão acontecendo e precisamos tentar acalmar os alunos em relação ao Enem. Quem está no terceiro ano está interessado no Enem para entrar na faculdade. Nas reuniões que eu participo, principalmente com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ele coloca a possibilidade de flexibilizar a data de realização do exame. Mas, temos que ter em mente que as universidades usam o Enem como vestibular e elas podem não esperar as aulas voltarem para realizar seus processos seletivos”, explicou.