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Anvisa dá parecer favorável ao consumo de peixes e crustáceos pescados no Rio Doce

Segundo agência, o limite diário de 200 gramas de peixe para adultos e 50 gramas para crianças não representa risco à saúde humana

Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária deu parecer favorável ao consumo de peixes e crustáceos pescados no Rio Doce. A informação foi divulgada pela Fundação Renova, empresa criada pela Samarco, Vale e BHP Billiton, para reparar os estragos ambientais e sociais causados pelo rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015.

A recomendação é de que o consumo não ultrapasse 200g de peixe por dia para adultos e jovens acima de 10 anos e de até 50 gramas para crianças até 10 anos e gestantes. Esses foram os parâmetros considerados seguros para o consumo, por representarem risco mínimo à saúde.

A análise partiu de uma solicitação do Grupo de Trabalho da Pesca e Aquicultura (GT – Pesca), que integra o Comitê Interfederativo (CIF). Composto por integrantes do meio acadêmico, do poder público das esferas federal e estaduais, o comitê acompanha as ações da Fundação Renova, responsável por reparar e compensar os danos do rompimento.

Com base nos resultados, a Anvisa reconhece que os pescados da região de estudo apresentam médias maiores de concentração de cádmio (em peixes de água salgada), mercúrio e chumbo, quando comparados com pescados comercializados mundialmente. A agência ressalta, no entanto, que apenas as presenças de chumbo e de mercúrio merecem atenção. As concentrações dos demais metais não representariam risco à saúde humana.

A recomendação da Anvisa oferece maior segurança e representa também um importante passo para a retomada da economia da região afetada pela lama de rejeitos em 2015.

De acordo com o líder do programa de Biodiversidade da Fundação Renova, Bruno Pimenta, este é um importante passo para a continuidade dos estudos. “O pescado continua sendo monitorado. Outras análises serão acrescentadas para que ocorra a verificação da possibilidade de modificar a quantidade de consumo”, afirma Pimenta.