O mundo virou de pernas para o ar a partir de março de 2020 com a explosão da pandemia de coronavírus. E, a reboque, o trabalho de jornalistas e de assessores de imprensa de órgãos públicos que deveriam alimentar um público ávido por informações, frente a uma doença até então desconhecida. Algumas atitudes tiveram que ser reinventadas pois, paralelo à transmissão do vírus, apareceram muitas fake news.
Em “Plantão Coronavírus: 8 soluções de baixo custo para comunicação pública durante a pandemia” (90 páginas, Editora Praia, download gratuito), o jornalista Gilberto Medeiros detalha o que ele e equipe tiveram que encarar e as adaptações que fizeram em seu trabalho de assessoria na prefeitura de Vila Velha ao longo da vivência da cidade com a covid-19. “A comunicação que fazíamos teve que ser reinventada porque os serviços públicos ou foram paralisados ou tiveram que ser feitos online e tínhamos que divulgar isso de uma maneira ágil. Sem contar tam´bém a divulgação de informações corretas da área da saúde”, lembra o autor.
A solução foi partir para o que estava ao alcance da maior parte das pessoas: um celular com WhatsApp. O aplicativo de mensagens está em 98% dos telefones móveis do país, segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). “Sentimos que nossa tarefa deveria incluir essas ferramentas. Quando o pacote de internet oferecido pelas operadoras acaba, elas sempre deixam conexão com o WhatsApp. E é por ele que muita gente passou a se informar porque com o aumento do desemprego houve uma queda de renda na população. Pagar para acessar a internet não foi mais possível para muitos”, relembra.
A publicação relembra essas estratégias colocadas praticamente a toque de caixa. “Foi algo que tivemos que fazer naquele esquema de trocar o pneu com o carro em movimento. Assim, criamos o robozinho de Whatsapp 24 horas, que foi adaptado para acolher dúvidas e perguntas sobre coronavírus, sobre o atendimento da coleta seletiva e, quando a situação avançou, de acolher denúncias dos cidadãos sobre aglomerações, indo instantaneamente para a central da Guarda Municipal da cidade”, descreve.
A estratégia de fazer um canal de ligação com os órgãos de fiscalização através do zap, por exemplo, deu um resultado significativo. O telefone de denúncias da prefeitura deixou de ficar congestionado. Pelo levantamento de Medeiros, foram 20 mil acessos telefônicos a menos num mês, provavelmente direcionados para a ferramenta.
Baixo custo
Na análise de Medeiros, ferramentas como o zap e o recurso das lives vieram para ficar no universo dos jornalistas. “Nós não inventamos a roda. Apenas adaptamos o que já existia para uma finalidade urgente. E o resultado prova que não podemos ignorar esses recursos porque o público, seja ele leitor, ouvinte, telespectador, estão todos lá nesses dispositivos querendo e consumindo informação”, defende. Com objetivo de incentivar que mais órgãos públicos possam adotar ferramentas como aplicativos, ele também reforça que a solução é de baixo custo. “O aplicativo está ali, a base está pronta. A equipe de marketing ou de comunicação pode fazer e desenvolver seu trabalho, com gastos praticamente zero”, aponta.
O livro é o primeiro da série “Pra Seu Governo”, uma das novidades que a Praia Editora criou em 2021. A coleção vai abrigar livros voltados para a orientação técnica dos novos administradores públicos brasileiros, abordando temas que foram testados na prática pelos autores e utilizados pela sociedade. Todos os livros serão redigidos por especialistas nas áreas pesquisadas.
Serviço:
Livro: Plantão Coronavírus: 8 soluções de baixo custo para comunicação pública durante a pandemia
Autor: Gilberto Medeiros
Editora: Praia Editora
Páginas: 90 páginas
Quanto: gratuito. Download no site http://praiaeditora.blogspot.com/2021/01/plantao-coronavirus-download-livre.html
