Aos 113 anos dona Laura é exemplo de alegria e energia para quem a conhece. A certidão de nascimento, o registro: Laura Ferreira Gonzaga nasceu no dia 10 de agosto de 1908.
No bairro onde mora, a simpática senhora, sempre sorridente, é considerada como uma mãe por todos que a conhecem. Entre os vizinhos, o que não falta é história para contar e recordar.
Filha de escrava, a mineira de 113 anos escolheu o Espírito Santo para morar
Filha de mãe escrava, dona Laura viveu em Minas Gerais até 1976. Depois, decidiu vir para o Espírito Santo. Ao chegar em “terras capixabas”, fez de seu endereço a região de Cruzeiro do Sul, em Cariacica.
Desde então, é uma das primeiras moradoras da bairro. Em entrevista a TV Vitória, dona Laura voltou ao passado. Recordou como era o bairro logo após chegar de viagem. “Aqui não tinha nada. Era tudo mato, tinha mais mato que gente”, disse.
Dona Laura veio só para o estado. A família acabou ficando em Minas Gerais e com o passar do tempo perdeu o contato com eles.
Foi então que surgiu uma nova família. A de amigos inseparáveis. Daquele tipo que a vida presenteia. Dona Djanira Tonini é umas das amizades mais antigas de dona Laura. “A nossa amizade é antiga. Temos uma consideração enorme de mãe e filha. Somos tudo, irmãs, amigas, contou orgulhosa.
Dona Laura contou que teve um filho e que ele morreu ainda bebê. Quando questionada sobre o tema casamento, esbanjou bom humor. “Eu não quero saber de homem, é ruim. Eu arrumava muito namorado no forró”, comentou brevemente.
N´a última terça-feira (10) os vizinhos que se tornaram a nova família de dona Laura, fizeram uma festa para comemorar o aniversário de dona Laura. Por causa da pandemia, todos usaram máscaras.
Todo ano, dona Laura conta que eles celebram com ela o Dia das Mães, só que dessa vez, a comemoração foi também pelos 113 anos de idade.
Aos 113 anos, dona Laura diz que adora forró
Mesmo apaixonada pela vida e também por um bom forró, dona Laura diz que tem evitado sair para passear por causa da pandemia provocada pela covid-19. “Eu não vou, pois tenho medo do coronavírus me pegar” afirmou. Consciente dos riscos, diz que o melhor mesmo é em casa.
Ainda não se sabe o segredo para a longevidade. Mas com certeza a alegria de viver, o prazer de ter amigos e a busca por uma mente tranquila devem fazer toda a diferença. Ao menos é o que demonstram as 113 primaveras de dona Laura.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV