Vitória é a única cidade da região Metropolitana que migrou dor risco alto para o moderado na última matriz de risco, divulgada na sexta-feira (14). Com a mudança, a capital capixaba pôde retornar às aulas presenciais em todos os níveis de ensino. No entanto, apenas metade dos estudantes voltou para as salas de aula da rede pública
Na Capital, 93 das 102 escolas públicas retomaram as atividades presenciais nesta segunda-feira (17). Apesar de toda a preparação das escolas, com sinalização, distanciamento entre carteiras e o uso de álcool em gel, cerca de 50% dos alunos não retornaram.
A secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, falou sobre os alunos que ainda não voltaram. “É aquela criança que o pai, a princípio, resolveu não mandar, mas que agora vê o filho do vizinho voltar e contar como está sendo. Os protocolos estão sendo seguidos. As crianças estão se adaptando ao uso do álcool e à higiene das mãos”, explicou a secretária.
Para Sidilene Amon, que é mãe de aluno da rede pública, este é o começo de uma readaptação. Ela conta que os filhos tiveram dificuldade para acompanhar as aulas online. “É complicado com três crianças e um celular só. Tive que adaptar com os vídeos e o material impresso. O retorno para as aulas foi um alívio”, afirmou.
Colocar a máscara e manter o distanciamento são as palavras de ordem mais usadas nas unidades de educação nesse retorno às aulas presenciais. Em uma escola particular da capital, na primeira semana, a maioria dos 235 alunos do Ensino Fundamental I voltou para a sala.
“Hoje nós temos entre 80% e 90% dos alunos no presencial e temos as famílias que optaram manter os filhos em casa. Estes, estão fazendo aula remota ao mesmo tempo que as crianças que estão aqui, no presencial”, explicou o coordenador Alexandre Zanotelli.
As salas têm a marcação de distanciamento e os alunos ficam sob a supervisão de duas professoras. A frequência da limpeza foi reforçada. “Precisamos mudar mobiliários em sala para manter o distanciamento mínimo. Alguns locais estão sendo frequentados apenas com metade das crianças para diminuir o número de pessoas no mesmo ambiente”, afirmou Zanotelli.
Para os pais que preferiram manter os filhos em casa, um sistema de transmissão em tempo real permite que as crianças acompanhem as aulas, mesmo não estando no local, e interajam com os educadores.
A professora Elaine Lopes explica que a ensino híbrido, com alunos em casa, não impede a realização das atividades. “Quem está aqui, precisa ter o respeito e a tolerância de esperar quem está em casa. O mesmo com quem está em casa. Isso não impede que a gente interaja o tempo todo. Todas as atividades estão sendo feitas normalmente”, disse.
A Ana Laura, de seis anos, estuda em uma escola particular. Ela não teve problemas com a internet e recebeu todo o apoio da escola no ensino remoto. Mas a mãe optou pelo retorno da filha às aulas presenciais. “Minha filha ficou muito satisfeita e feliz em poder retornar para o ambiente escolar e rever colegas e professores”, disse a mãe, Ivanna Wanderley.
A capital está classificada no risco moderado de contaminação desde segunda-feira (17). Na matriz de risco, as aulas do ensino infantil ao superior estão autorizadas a retornarem na forma presencial em todos os municípios com essa classificação, desde que sigam os protocolos de segurança.
*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV