O ronco, que sempre foi motivo de piadinhas e constrangimento, está sendo cada vez mais levado a sério pelos médicos. Isso porque ele pode ser um alerta para um grave problema de saúde: a apneia do sono. Uma doença que já atinge cerca de 20% da população brasileira.
Apneia significa “sem ar”. A apneia do sono é uma síndrome crônica que pode desencadear problemas de saúde graves e até mesmo fatais. Ela se caracteriza pela interrupção da respiração por breves períodos, geralmente mais de 10 segundos, em episódios que se repetem várias vezes por hora durante o sono.
Percebendo a falta de oxigênio, o cérebro reage causando micro despertares para fazer a respiração voltar ao normal. Esse quadro pode se repetir mais de 50 vezes por hora, fragmentando o sono, sobrecarregando o coração e desgastando o organismo.
Os principais riscos e sintomas da apneia do sono são:
A maioria dos problemas acarretados pela apneia do sono acontecem pela falta de oxigenação e pelos micros despertares que impedem um sono profundo e reparador, necessário para o organismo realizar uma série de atividades essenciais para seu pleno funcionamento.
Recentemente, o Journal of Clinical Sleep Medicine publicou um estudo de pesquisadores da Austrália relacionando a apneia do sono ao aumento das chances de desenvolvimento de câncer em até 250%. Segundo o estudo, a falta de oxigenação dos tecidos provocada pela apneia é a responsável pelo potencial surgimento da doença. A notícia alerta a gravidade da doença e reforça a necessidade de diagnóstico e tratamento precoces. Os sintomas da apneia do sono podem ser confundidos e muitas pessoas os ignoram.
Como é o diagnóstico e tratamento da apneia do sono?
O diagnóstico da apneia do sono é confirmado através do exame Polissonografia (PSG), normalmente prescrito por médicos das especialidades: medicina do sono, pneumologista, cardiologista, neurologista ou otorrinolaringologista. O exame é completamente indolor e monitora diversas atividades que acontecem durante o sono para identificar o que está fora do padrão. Na maioria das vezes, é realizado em uma clínica do sono, mas em muitos casos pode ser feito em casa.
A apneia do sono pode ser classificada em 3 tipos: Obstrutiva, Central e Mista. A gravidade é determinada pela frequência e duração das paradas respiratórias. O tratamento mais indicado vai depender justamente desses dois fatores.
Qual é o tratamento para apneia do sono?
A maior parte dos casos de apneia obstrutiva do sono é tratada com Kit CPAP com máscara. O CPAP é um gerador de fluxo com alta tecnologia que envia o fluxo de ar ideal para evitar roncos e obstruções. O investimento inicial é considerado relativamente alto, mas quem dorme com CPAP garante que vale a pena cada centavo. Em pouco tempo é possível se adaptar e os benefícios são imediatos.
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