As estimativas climáticas para os próximos anos passam longe da seca que atingiu o Estado nos últimos meses. De acordo com o climatologista e professor José Carlos Molion, a tendência é que se repita o cenário da década de 60, no qual o volume de chuva no Norte do estado era de 10% a 20% maior que no Sul. A Dinâmica climatológica no Estado do Espírito Santo é um dos assuntos que serão apresentados pelo professor no próximo dia 15, durante o Fórum Recursos Hídricos e Adversidades Climáticas, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES).
Para Molion, que também é PhD em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas e representante dos países sul-americanos na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), vivemos um ciclo alternante de períodos quentes e frios, que independem da ação do homem, ou seja, o ser humano e suas emissões são incapazes de causar aquecimento global.
O ser humano não pode modificar o clima global. A fonte primária de energia é o Sol. Portanto, a variabilidade na produção de energia solar é um dos principais controladores do clima global. Outro controlador do clima global são os oceanos, que têm uma grande capacidade térmica e muito calor armazenado e que cobrem 71% da superfície do planeta. A atmosfera terrestre é aquecida por baixo, o ar se aquece/resfria em contato com a superfície, explica.
O evento é realizado pelo Crea-ES, em conjunto com a Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (SEEA) e Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro).
Serviço:
Fórum Recursos Hídricos e Adversidades Climáticas
Dia: 15 de maio
Hora: das 8h às 17h
Local: auditório do Crea-ES (Av. César Hilal, nº 700 / 1º andar – Ed. Yung – Bento Ferreira, Vitoria).