Após anos em situação de abandono, a histórica estação Leopoldina, no bairro Argolas, em Vila Velha, começou a ser restaurada. O local virou um criadouro de mosquitos e trouxe diversos problemas para os moradores da região.
A obra é a conquista de um sonho para a comunidade. Há 22 anos, os munícipes aguardam pela reabertura do espaço. Nos últimos anos, diversas promessas foram feitas mas até então, nenhum projeto havia saído do papel.
“Desde que a estação foi desativada, estamos nessa luta. Já tem cerca de 22 anos. Agora as esperanças se renovam”, disse Rubens Rodrigues da Fonseca, morador da região.
Quem mora no entorno do espaço acredita que a obra irá trazer muitos benefícios para a comunidade. Preocupados se terão, de fato, o centro cultural prometido pela prefeitura, Antônio Lerbarch e outros moradores afirmam que pretendem acompanhar os trabalhos no local de perto. “Estamos muito felizes! Isso é o resultado da união dos moradores. Vamos fiscalizar os trabalhos de perto”.
A estação foi inaugurada em 1895. Em 2017, o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) gastou R$ 300 mil para fechar as portas do imóvel com blocos e colocar telhões na cobertura.
A prefeitura do município afirmou que, caso o Iphan autorizasse, iria assumir os cuidados pelo imóvel e restaurar o espaço. Em janeiro de 2018, parte das telhas que haviam sido trocadas há menos de um ano foram roubadas.
O município assumiu o prédio e, em agosto de daquele ano, começou a limpar estação e prometeu transformar o local em um centro cultural. Cerca de seis meses depois nada de restauração.
A equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV esteve no local em julho de 2019. O espaço havia passado por uma pequena limpeza e uma sala havia sido reformada. A estação foi trancada com um cadeado. O projeto de restauração continuou sem prazo para ser concluído.
Há um ano, a prefeitura publicou uma nota informando que o Iphan havia aprovado o projeto para o espaço se tornar um centro pedagógico e cultural para atender alunos da rede pública e a população em geral e abriu licitação. O projeto ainda previa a abertura de um museu ferroviário.
Ao visitar o espaço em fevereiro de 2020, a equipe de reportagem encontrou o terreno cheio de entulho, mato e sujeira. Até uma lagoa com água parada havia no local.
A obra de restauração começou em janeiro deste ano. A prefeitura do município informou que a obra irá custar cerca de R$ 3,8 milhões. Segundo o secretário de Turismo e Cultura do município, Paulo Renato Fonseca, não é possível definir um prazo para conclusão da obra.
“É uma obra muito delicada. Você vai encontrando alguns pontos que demora mais do que o normal. Então, a gente prefere não criar expectativa. Vamos entregar o mais rápido possível. É ima obra muito importante para o município e para o Espírito Santo”, afirmou.
*Com informações do repórter Michel Bermudes, da TV Vitória/RecordTV