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Após prejuízos com a pandemia, Governo do ES paga combustível para empresas do Transcol

Segundo o GV Bus, o número atual de passageiros transportados é 41% a menos do que o registrado nos dias anteriores à pandemia

Foto: Iures Wagmaker

Desde o último dia 05 de outubro, 100% da frota do Sistema Transcol está operando nas ruas da Grande Vitória. O quadro efetivo dos veículos foi reduzido em março, em função da pandemia do novo coronavírus.  No entanto, apesar da frota estar funcionando na mesma proporção, o número de passageiros transportados sofreu uma redução de cerca de 41%, com relação ao número registrado em março. Naquele mês, uma média de mais de 616 mil passageiros eram transportados por dia. Atualmente, a média é de 385 mil.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GV Bus), as operadoras do Sistema Transcol acumulam prejuízos após seis meses de pandemia. Segundo informações divulgadas, entre 15 março e 30 de setembro, as perdas ficaram acima de R$ 132,5 milhões. O que significa que o sistema arrecadou apenas 65% da receita normal. 

“Para se ter uma ideia, nesse período, a média geral de pessoas transportadas foi de 59% do total esperado (queda de 41%), enquanto o sistema manteve uma oferta de 90% do serviço. Ou seja, a oferta foi superior a 30% da demanda, mantendo uma discrepância entre o número de pessoas transportadas e a quilometragem percorrida. Só não houve um colapso porque o governo forneceu combustível, o que atenuou a situação, evitando inclusive uma demissão em massa”, informou, em nota, o GV Bus.

A manutenção de todo o efetivo da frota foi determinada pelo Governo do Estado. Com a autorização do retorno de algumas atividades presenciais nas escolas, a proposta era fazer com que mais ônibus transportem menos pessoas, permitindo que houvesse mais distanciamento social nos coletivos.

Para a prestação do serviço, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) decidiu realizar a aquisição do combustível que é utilizado pela frota do sistema e representa cerca 25% dos custos operacionais. O valor investido pela secretaria é de cerca de R$ 42 milhões.

“Vale destacar que a contratação de combustível pela secretaria seguiu as tramitações previstas pela legislação para compras emergenciais, como cotação de preços, vencendo o fornecedor que apresentou a proposta mais econômica. Além disso, a secretaria destaca que o valor do subsídio que o governo repassa para as empresas também foi reduzido no período”, informou a Semobi, por meio de nota.

Ainda de acordo com a nota, a medida, tomada em função da pandemia e que visa o equilíbrio econômico-financeiro do sistema, tem garantido não somente a regularidade na prestação do serviço de transporte coletivo, como também a manutenção de milhares de postos de trabalho.  

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