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Após resposta de ONG's, recorde de queimadas na Amazônia repercute na imprensa internacional

Na última quarta-feira (21) o presidente Jair Bolsonaro insinuou que as Ong's estão envolvidas com as queimadas

Foto: Reprodução

Após a reação da rede Observatório do Clima, que reúne cerca de 50 organizações não governamentais voltadas às mudanças climática, à fala do presidente Jair Bolsonaro sobre as queimadas na amazônia, o assunto também repercutiu na imprensa internacional.

A CNN espanhola trouxe, na última quarta-feira (21), a manchete “A amazônia arde a uma velocidade recorde”. A CNN britânica também repercutiu o assunto, com a mesma manchete.

 O americano The Washington Post noticiou o impacto das queimadas no clima de São Paulo, com a manchete “Fumaça mergulha São Paulo na escuridão repentina, frustrando a maior cidade do hemisfério ocidental”.

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O portal de notícias norte-americano, Vox, trouxe dados atuais das queimadas. “Incêndios florestais estão queimando ao redor do mundo. O mais alarmante é na floresta amazônica“, disse o jornal. Na Alemanha, a Deutsche Velle fez um levantamento da repercussão do tema na mídia no país, além da repercussão envolvendo Jair Bolsonaro e a chanceler Angela Merkel.

Reação das Ong’s

A rede classificou o recorde de queimadas em biomas brasileiros como “irresponsabilidade” do governo federal. 

Em nota divulgada à imprensa, a coordenação do Observatório do Clima pontuou que as ações do governo federal contribuíram para o aumento do desmatamento na região e que “o fogo reflete a irresponsabilidade do presidente com o bioma que é patrimônio de todos os brasileiros, com a saúde da população amazônida e com o clima do planeta, cujas alterações alimentam a destruição da floresta e são por ela alimentadas, num círculo vicioso”.

A reação aconteceu depois que Jair Bolsonaro disse, na última quarta-feira (21), que as queimadas podem ser de responsabilidade das Ong’s. 

“O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs. Dos repasses de fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais. Acabamos também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro”, disse Bolsonaro, referindo-se à suspensão de repasses, por parte do governo, de recursos do Fundo Amazônia para projetos de combate ao desmatamento. “Pode estar havendo, não estou afirmando, ação criminosa desses ‘ongueiros’ para exatamente chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos”, continuou.