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Sabão em pó falsificado: saiba se você comprou o produto e como fazer a troca na Grande Vitória

O produto, da marca OMO, foi apreendido em supermercados das redes EPA e Mineirão Atacarejo. De acordo com o delegado da Delegacia do Consumidor, Eduardo Passamani, tanto a marca quanto os supermercados são vítimas

Foto: Rafaela Freitas/ TV Vitória

Se você comprou caixas de sabão em pó OMO nos últimos dias, fique atento. Pode ser que você esteja com um produto falsificado em casa. Nesta terça-feira (15), mais de 23 mil unidades foram apreendidas em supermercados na Grande Vitória.

O produto foi apreendido em supermercados das redes EPA e Mineirão Atacarejo. O sabão em pó falsificado possui uma embalagem similar à da marca OMO e faz parte dos lotes 42E e 45E. 

De acordo com o delegado da Delegacia do Consumidor, Eduardo Passamani, tanto a marca quanto os supermercados são vítimas neste caso, pois se trata de uma fraude. A investigação quer descobrir quem são os responsáveis.

“Estamos divulgando o nome da marca, pois ela é vítima neste processo. É uma fraude também contra o consumidor. Foi encontrado isso nos supermercados EPA e Mineirão Atacarejo. Já identificamos que os supermercados não foram danados, pois isso é uma fraude”, afirmou o delegado.

O delegado ainda informou que o cliente que tiver alguma unidade do sabão em pó do lote falsificado em casa, pode procurar o supermercado para efetuar a troca.

“Podem procurar o supermercado onde fez a aquisição para solicitar a troca. Os supermercados já foram informados e estão cientes que precisam trocar estes produtos”, disse.

Como identificar produto falsificado

A fiscalização, realizada pela Delegacia de Defesa do Consumidor, ocorreu na data em que se comemora o Dia do Consumidor. As caixas foram recolhidas pela polícia.

Foram identificados produtos falsificados em sete estabelecimentos de seis bairros da Grande Vitória: Itapuã, Glória, Nossa Senhora da Penha e Paul, em Vila Velha; Jardim Camburi, em Vitória (dois estabelecimentos); e Jardim América, em Cariacica.  

As unidades foram identificadas depois da polícia acompanhar uma investigação ocorrida em Minas Gerais. Quando o produto falso foi colocado na água, a polícia observou uma grande alteração no sabão.

Além da diferença do próprio produto, há grandes diferenças também nas embalagens, começando pelo lacre. O original possui duas fitas. Já o falso é colado com cola quente. O lote também muda.

A OMO também deu dicas para reconhecer um produto não original:

– A qualidade do fechamento do cartucho

– A cor, brilho e impressão: as embalagens produzidas em fábrica passam por controles que garantem o recebimento dos materiais conforme um padrão definido, portanto não é esperado uma variação significativa entre as embalagens;

– A codificação primária (data de fabricação, validade e lote): produções em fábrica são feitas através de gravação a laser de forma destacada

– Cor, textura, perfume e performance do produto: padrão conforme o usual em comparação ao que consumidor está acostumado a usar;

Foto: Reprodução

A OMO também informou, por nota, “que está acompanhando de perto as investigações dos casos de falsificação de sabão em pó dos quais é vítima em cooperação com as autoridades policiais. Neste caso, não está sendo diferente.”

A marca ainda informou que o consumidor pode relatar os casos suspeitos para análise e orientação entrando em contato com SAC pelo site https://www.unilever.com.br/ ou no telefone 0800-707-9977.”

As redes de supermercado EPA e Mineirão Atacarejo também foram acionadas pela reportagem do Folha Vitória. Roberto Gosende, diretor do grupo DMA, que é responsável pela duas redes, afirmou que a empresa já vem acompanhando o trabalho da polícia, há alguns dias, e que vem tentando contribuir, na medida do possível, com as investigações.

“Estamos abrindo todas as nossas lojas e depósitos para que a polícia possa verificar cada caixa dos produtos, olhar todas as notas fiscais. Nós compramos um volume muito grande da indústria, até mesmo de outros produtos. E quando a indústria não tem o material necessário, a gente compra de intermediários, para não faltar ao consumidor. Então estamos tentando chegar na fonte desse problema”, afirmou.

Ainda segundo o diretor do grupo DMA, todos os consumidores que adquiriram o produto falsificado nas lojas das redes EPA e Mineirão Atacarejo poderão comparecer ao estabelecimento onde foi feita a compra, com o produto e a nota fiscal, para receber seu dinheiro de volta.