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Escola alvo de atirador em Aracruz será reaberta; aulas serão remotas

Com professores, alunos e familiares traumatizados após os ataques, ainda não há previsão de retorno das aulas presenciais na escola pública invadida

Foto: Reprodução

A escola estadual invadida por um atirador na última sexta-feira (25) deve reabrir na próxima semana. Apesar disso, de acordo com o Governo do Estado, ainda não há previsão de retorno das aulas presenciais.

O ataque realizado por um adolescente de 16 anos em uma escola pública e outra privada terminou com a morte de três professoras e uma estudante, e deixou outras 12 pessoas feridas. Cinco continuam internadas, sendo que duas estão em estado grave.

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Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (30), o secretário de Estado da Educação, Vitor de Ângelo, explicou que conteúdos e atividades estão sendo produzidos para que os alunos possam acompanhar aulas remotas, como na pandemia, e concluir a carga horária necessária prevista em lei para avançar de série. 

Temos professores que foram mortos, outros estão hospitalizados e outros, que estavam no local, estão extremamente abalados como o que ocorreu. Não há professores para concluir o ano letivo. Para garantir e ter condições para que as pessoas que precisam possam concluir a carga horária, estamos produzindo conteúdos remoto, semelhantes aos da pandemia“, explicou.  

Também durante a coletiva, o Governo do Estado apresentou o plano de ação para enfrentar e traçar estratégias para o retorno das aulas, o reforço da segurança e o acolhimento dos alunos, professores, familiares e moradores da região em que ocorreu o ataque.

De acordo com o secretário, uma das intervenções propostas pelo plano de ação e que já está sendo implementada é a mudança na estrutura da escola.

A partir da próxima semana, durante a segunda fase do plano do governo, a Escola Estadual Primo Bitti estará aberta caso algum aluno, professor ou membro da comunidade queria voltar ao local.

No âmbito da saúde, a prioridade será cuidar da saúde mental dos atingidos direta e indiretamente pela violência. O policiamento nas escolas também será reforçado. 

LEIA MAIS: Ataques em Aracruz: escolas terão ações voltadas para saúde mental e policiamento reforçado

As estratégias foram traçadas como uma resposta para os ataques que ocorreram em duas escolas, uma pública e outra particular, no bairro Coqueiral de Aracruz. 

Tragédia em escolas de Aracruz deixou quatro mortos

Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã da última sexta-feira (25). O atirador começou os ataques na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e, em seguida, foi para o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).

Os ataques foram realizados por um adolescente, de 16 anos, que foi apreendido na tarde de sexta-feira. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que planejou os ataques por dois anos. O jovem é ex-aluno de uma das escolas.

Para cometer o crime, o adolescente usou uma pistola .40, que pertence a um tenente da Polícia Militar, pai do jovem, e um revólver calibre 38, arma particular do policial.

O adolescente não terá o nome divulgado por ser menor de idade. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista.

O suspeito chegou ao local a bordo de carro no modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Ele entrou na escola estadual, onde atirou contra professoras. Duas delas morreram no local e uma terceira morreu no hospital.

Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu para a escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Uma adolescente morreu. 

Cinco pessoas continuam internadas, duas delas estão em estado grave, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na tarde desta quarta-feira (30).

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.