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Até quando esperar pelo futuro?

Editorial Rede Vitória

Foto: Reprodução/Pexels

O futuro está logo ali, mas não chega nunca.

É como se todos estivéssemos no mesmo barco a procurar por terra firme e remássemos cada qual em uma direção.

A pergunta, portanto, não é quando chegaremos, mas por quê ainda não chegamos.

O Brasil é esse enorme barco! Os últimos números do PIB, o Produto Interno Bruto, divulgados na semana passada, que revelam uma retração econômica pelo segundo trimestre consecutivo, só mostram que estamos à deriva, há muito tempo.

Não por falta de uma bússola ou de um mapa que aponte a direção.

O caminho passa por uma reforma administrativa, que reduza os gastos exorbitantes com a manutenção da máquina pública; uma reforma tributária, que desonere o setor produtivo e que dê previsibilidade aos investidores; um programa concreto de privatizações; uma reforma política, que possibilite maior transparência.

Não avançar com essas questões é o mesmo que baixar âncora e  condenar esse barco chamado Brasil a não sair do lugar.

Até quando vamos esperar por terra firme?

Quando as oportunidades serão melhor distribuídas? Quando a mobilidade social será de fato uma questão de mérito? Quando a população será melhor atendida pelos serviços públicos? Quando o setor produtivo terá mais confiança para definir investimentos?

Quando?

As escolhas estão no horizonte, logo ali. As próximas eleições, por exemplo, são um marco importante, um farol a sinalizar a rota. Se vamos seguir em direção a terra firme, depende só de nós!