O futuro está logo ali, mas não chega nunca.
É como se todos estivéssemos no mesmo barco a procurar por terra firme e remássemos cada qual em uma direção.
A pergunta, portanto, não é quando chegaremos, mas por quê ainda não chegamos.
O Brasil é esse enorme barco! Os últimos números do PIB, o Produto Interno Bruto, divulgados na semana passada, que revelam uma retração econômica pelo segundo trimestre consecutivo, só mostram que estamos à deriva, há muito tempo.
Não por falta de uma bússola ou de um mapa que aponte a direção.
O caminho passa por uma reforma administrativa, que reduza os gastos exorbitantes com a manutenção da máquina pública; uma reforma tributária, que desonere o setor produtivo e que dê previsibilidade aos investidores; um programa concreto de privatizações; uma reforma política, que possibilite maior transparência.
Não avançar com essas questões é o mesmo que baixar âncora e condenar esse barco chamado Brasil a não sair do lugar.
Até quando vamos esperar por terra firme?
Quando as oportunidades serão melhor distribuídas? Quando a mobilidade social será de fato uma questão de mérito? Quando a população será melhor atendida pelos serviços públicos? Quando o setor produtivo terá mais confiança para definir investimentos?
Quando?
As escolhas estão no horizonte, logo ali. As próximas eleições, por exemplo, são um marco importante, um farol a sinalizar a rota. Se vamos seguir em direção a terra firme, depende só de nós!