No atestado de óbito do pedreiro Albenes da Silva Azevedo, de 33 anos, morador de Ibatiba, na região do Caparaó, aparece como motivo da morte a febre amarela. Albenes estava internado no Hospital César Leite, em Manhuaçu, Minas Gerais, e morreu na noite da última sexta-feira (20), após apresentar sintomas da doença.
A Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo, no entanto, informou que a causa da morte do pedreiro ainda está sendo investigada e que a confirmação será divulgada pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
O óbito foi atestado pelo médico Marcelo Ker Werner, que aponta como causa de morte insuficiência múltipla de órgãos e febre amarela. Além disso, familiares disseram que os médicos que atenderam Albenes o trataram como paciente de febre amarela.
“Os primeiros resultados dos exames já apontaram que ele estava com febre amarela e os médicos de Manhuaçu disseram que ele tinha o tipo mais grave da doença”, disse Cristiana Azevedo, irmã de Albenes.
Segundo ela, o pedreiro começou a passar mal no dia 14 de janeiro e, como o quadro dele estava se agravando, precisou ser levado para a cidade mineira de Lajinha e, em seguida, Manhuaçu.
“Ele disse que estava sentindo dor no corpo, dor de cabeça, febre e disse que sentia muito frio. Demos um remédio, ele até melhorou um pouco, mas no dia seguinte estava ainda pior e vomitando. Levamos ele para Lajinha, onde ele foi medicado e colheram sangue para exame. Na quarta-feira, quando saiu o resultado, ele foi levado para Manhuaçu”, contou.
Segundo Cristiana, o irmão estava trabalhando em uma obra na casa de uma tia, em Ibatiba, quando começou a se sentir mal. A tia, Germana da Silva Azevedo, também apresentou sintomas de febre amarela e foi levada para o mesmo hospital em Manhuaçu.
A reportagem tentou contato com o Hospital César Leite para saber o estado de saúde de Germana e para confirmar a informação de que Albenes estava sendo tratado como paciente de febre amarela, mas as pessoas autorizadas a falar não foram localizadas.