Tudo começou como “Um Sonho de uma Noite de Verão”. A peça, escrita por Willian Shakespeare foi o pontapé para um grupo teatral de Guarapari transformar um sonho de ter um teatro no município em uma realidade.
Em meio a produção da peça, em 2016, os alunos da Trupe Maratimba identificaram que o município carecia de um espaço com mais estrutura e com baixo custo para apresentações. Foi aí que o local de ensaio, e base do grupo cultural no bairro Itapebussu, pareceu ser uma ótima opção para cumprir o objetivo.
A produtora cultural e atriz, Priscilla Arranz conta que o espaço do quintal de sua casa sempre foi o local de ensaio da Trupe. “Depois de meses de oficina com os alunos na minha casa, precisávamos de um espaço para a conclusão de curso deles, mas todos que procuramos eram caros. Nunca tínhamos pensado que o meu quintal poderia ser um local para isso e deu super certo. Lotamos o quintal com 300 pessoas. A venda da bilheteria rendeu um dinheiro para o grupo e ainda pagou os custos da produção. Foi incrível”, lembrou.
A experiência foi tão emocionante que a peça se transformou em projeto, o “Teatro de Quintal”. Com o projeto a Trupe Maratimba pretende arrecadar recursos para montar uma estrutura no quintal para abrigar grupos teatrais do município e do estado, fazendo parte da cena cultural do município de forma acessível a todos os públicos.
Para montagem de um palco de 20m2, som e iluminação o grupo precisa de arrecadar R$3 mil. E o trabalho para alcançar o objetivo já começou. Eles criaram um projeto colaborativo no Catarse para conseguir doações em dinheiro. “Além das doações pelo Catarse, nós vamos fazer rifas e até um “arraiá agostino”, explicou Priscilla.
Além disso, a Trupe que já realiza no município desde 2014, produções teatrais, cortejos artísticos, oficinas ministradas por diversos profissionais das artes cênicas, produção de eventos culturais e eventos infantis, pretende profissionalizar o oficio com a criação do Teatro de Quintal.
“Vamos começar com uma bilheteria acessível. O objetivo é trazer grupos de fora e que eles deixem um parte do dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos, para o teatro. Assim o projeto se auto sustenta”, idealizou a produtora cultural.