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O governador Renato Casagrande confirmou, em pronunciamento realizado na tarde desta sexta-feira (24), que as aulas presenciais no Espírito Santo continuarão suspensas pelo menos até o dia 31 de agosto. Em coletiva realizada mais cedo, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, já havia adiantado que as aulas não seriam retomadas no próximo mês.
As aulas presenciais no estado estão suspensas desde o dia 17 de março, em função da pandemia do novo coronavírus. Desde então, novos decretos têm sido publicados pelo governo do Estado, prorrogando essa suspensão.
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De acordo com Casagrande, apesar de o índice de transmissão da covid-19 estar abaixo de 1 na Grande Vitória e de algumas cidades do interior começarem a apresentar sinais de estabilidade no número de casos confirmados, ainda não há segurança para que as aulas sejam retomadas em agosto.
“A escola é um local de muita interação. Os alunos vêm de diversos bairros e comunidades para a escola. Os professores e colaboradores da escola também. E todos se encontram na escola. Depois cada um volta para sua casa e interagem em sua comunidade. No outro dia, volta para a sala de aula. Então nós temos uma preocupação muito grande com a vida dos alunos, dos professores e dos servidores. E também com a vida daquelas pessoas que fizeram isolamento e que estão em casa — pais, mães, avôs, avós — e que poderão ser afetados por essa interação na escola. Mesmo que elas não saiam de casa, mas se o neto, a neta, o filho ou a filha sai de casa, vai para a escola e volta, como um vetor do vírus, isso pode colocar em risco a vida de pessoas”, argumentou.
O governador disse ainda que as secretarias estaduais de Educação e de Saúde estão finalizando um protocolo, em conjunto com os municípios e com o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), para que ele seja utilizado no retorno das aulas. Segundo Casagrande, a previsão é de que esse protocolo seja finalizado na semana que vem.
“Nós não voltaremos às aulas como se nada tivesse acontecido, naquele modelo tradicional. A gente vai ter que ter um protocolo: medição de temperatura, uso de máscara, afastamento dos alunos”, destacou Casagrande.
“Vamos observar mais um mês, porque o passo que a gente vai dar em direção à volta das escolas tem que ser um passo muito seguro. A gente tem que estar muito convicto, de fato, do controle, para a gente não colocar em risco a vida de nenhuma pessoa”, completou.