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Aumento de pedidos de transferência para UTI em Pronto Atendimento deixa Sesa em alerta

Nesta quinta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde registrou seis solicitações desse tipo somente de um PA de Vitória. Média diária era de menos de dez pedidos em toda a Grande Vitória, segundo Nésio Fernandes

Foto: Reprodução / Youtube

Nas últimas semanas, a desaceleração da pandemia do novo coronavírus na Grande Vitória tem contribuído para uma menor ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com covid-19 no Espírito Santo. De acordo com o Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a atual taxa de ocupação desses leitos, em todo o estado, é de 73,68%.

Além disso, o número de solicitações diárias de transferência de pacientes infectados com o coronavírus, de unidades de saúde dos municípios da Grande Vitória para as UTI’s, tinha caído nos últimos dias, de acordo com o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes. Segundo ele, menos de dez solicitações eram feitas por dia, somando todas as UPA’s e PA’s da região metropolitana.

“Ao longo da pandemia, nós passamos a ver, na Grande Vitória, uma redução radical do número de demandas por leitos de UTI e enfermaria, ao ponto de que, desde a segunda semana de julho, nós passamos a ter uma frequência muito baixa de pacientes sendo transferidos para os hospitais referência de covid”, destacou Nésio Fernandes.

Entretanto, nesta quinta-feira (13), a secretaria registrou seis pedidos de transferência para UTI somente de um PA de Vitória. A Sesa não detalhou qual unidade fez tal solicitação. O secretário alertou que tal fenômeno pode representar uma retomada do crescimento da pandemia.

“Tivemos, em alguns momentos, alguns fenômenos que a gente chama de ‘soluço’, que é um espasmo de casos e de aumento abrupto. Mas já havíamos tido vários dias sem ter esse tipo de ocorrência. No dia de hoje, amanhecemos com seis pedidos de remoção para os pacientes hospitalizados, de um único PA do município de Vitória. Isso nos chamou atenção e representa um alerta, porque o monitoramento e controle do número de casos críticos e de remoções e de novas internações é um indicador precoce de piora da pandemia”, frisou. 

O secretário ressaltou ainda que a Sesa vai continuar monitorando a situação. “Se esse comportamento se mantiver por mais de quatro ou cinco dias, por uma semana, a gente pode, de fato, estar diante de um fenômeno de novo crescimento do número de casos e de interrupção da consolidação da recuperação, com uma recuperação de casos novos e graves na Grande Vitória. No entanto, é precoce fazer esse tipo de afirmação. É mais um alerta. Estamos vigilantes e atentos ao comportamento das portas de urgência e emergência”, ressaltou Nésio Fernandes.