A Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo solicitou a alguns bancos nacionais que adiassem a cobrança de parcelas de empréstimos já contratados por moradores atingidos pelas fortes chuvas do Sul do Estado. Iconha, Vargem Alta, Alfredo Chaves e Rio Novo do Sul são alguns dos municípios mais críticos.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento do Estado, Marcos Kneip, o Sicoob já está tomando providências semelhantes a do Banestes: requisitar um adiamento de dívidas dos associados atingidos pela calamidade por pelo menos um ano.
Procurado, o Sicoob informou que os associados afetados pelas fortes chuvas dos últimos dias terão os juros zerados e uma nova linha de crédito para os auxiliarem na retomada de suas atividades. O volume de recursos liberados pode chegar a R$ 20 milhões na linha intitulada “Recomeçar”.
Os interessados podem ir a uma agência da instituição financeira cooperativa nos municípios que decretaram estado de calamidade pública por conta das chuvas ou acessar o site recomece.sicoobes.com.br e preencher o formulário de interesse. Os recursos estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira (27). Pessoas e empresas que ainda não são associadas podem abrir uma conta e se credenciar para a obtenção do crédito.
Knipel afirmou, ainda, que a Caixa Econômica Federal também foi procurada pelo Governo e já acionou a superintendência de Brasília para tomar providências nesse sentido, como a remissão de cartões e benefícios. Elas devem ser anunciadas na próxima semana.
Com a participação dos dois bancos, o secretário acredita que a grande maioria das famílias deve ser beneficiada, pois cerca de 90% dos servidores públicos estão concentrados na Caixa e no Sicoob. Knipel destacou que o Banco do Brasil e o Bradesco também foram procurados, mas não houve retorno.
“Nossa preocupação é injetar recursos nos municípios prejudicados, dar fôlego a eles e girar a economia dessa região. E a ajuda dos bancos é imprescindível para que essas pessoas possam se reerguer”, ressaltou o secretário. “Todos estão sensibilizados e preocupados com a situação.”
Por nota, o Banco do Brasil informou que não recebeu pedido de suspensão da cobrança de dívidas de moradores dos municípios do Sul do Estado. Nossa reportagem também procurou a Caixa Econômica e o Bradesco, mas não teve retorno até o momento.