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Biden ordena envio de tropas adicionais para apoiar aliados da Otan

O líder estadunidense reforçou seu comprometimento em defender "cada centímetro" do território da Otan

Foto: Reprodução / Instagram

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ter enviado tropas adicionais para aumentar a capacidade americana na Europa e apoiar aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em comunicado emitido após reunião extraordinária da Otan, Biden disse ser bem-vinda a decisão da Organização de ativar seus planos de defesa e elementos da Força de Resposta Otan para fortalecer sua postura coletiva, assim como os comprometimentos de aliados para desdobrar forças terrestres e aéreas adicionais para o flanco oriental e forças marítimas do Extremo Norte ao Mediterrâneo. 

O líder reforçou seu comprometimento em defender “cada centímetro” do território da Otan.

“A Otan mais uma vez está demonstrando que apoia a liberdade e a democracia”, disse. “O presidente Putin falhou em seu objetivo de dividir o Ocidente”. Biden afirmou que a Organização está “unida e resoluta como sempre” e que mantém portas abertas para Estados europeus que compartilhem dos mesmos valores e um dia desejem se reunir à aliança ocidental.

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O presidente americano também informou ter conversado com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensk, e elogiado as ações corajosas de sua população, que lutava para defender seu país. “Também transmiti a manutenção do apoio econômico, humanitário e de segurança fornecido pelos Estados Unidos, bem como nossos esforços contínuos para reunir outros países para fornecer assistência semelhante”.

Ataques à Ucrânia

A invasão russa à Ucrânia começou na quinta-feira (24), após o presidente Vladimir Putin autorizar os ataques ao país vizinho. Eles aconteceram inicialmente nas regiões próximas à fronteira entre os dois países, como Lviv, Lutsk, Chernobyl, Kharkiv, Mariupol e Kherson.

Também houve ataques nas regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, onde muitas pessoas não reconhecem o poder central da Ucrânia e são pró-Rússia.

Além disso, houve ataques à cidade de Dnipro, na região central. As tropas da Rússia também invadiram a Ucrânia a partir de Belarus, país aliado a Moscou. Portos e aeroportos do país foram atingidos pelos ataques.

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Outra frente da invasão foi a península da Crimeia, anexada à Rússia em 2014. Houve ainda ataques a partir do Mar Negro, de onde os militares russos entraram na Ucrânia pela cidade portuária de Odessa.

Explosões em Kiev

Nesta sexta-feira, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que o Exército da Rússia entrou no distrito de Obolon, a menos de 9 quilômetros do centro de Kiev, e os bombardeios aumentaram nas últimas horas. Em consequência das explosões, há fumaça preta nos arredores do rio Dnieper, que corta a capital ucraniana.

Os tanques governistas estão nas ruas, em sinal de preparação para a resistência armada. Autoridades ucranianas disseram que um avião russo foi derrubado e colidiu com um prédio em Kiev durante a noite, incendiando-o e ferindo oito pessoas.

A orientação do governo local à população é se manter em local seguro. A sirene de emergência já soou na capital ucraniana ao menos três vezes na quinta-feira. Trata-se do aviso para que todos se dirijam a bunkers ou abrigos, em razão do risco de bombardeio em massa.

As forças russas aproximaram-se de Kiev após avançar rapidamente de três eixos, no Norte, Sul e Leste da Ucrânia. As duas primeiras frentes dirigiam-se à capital no início da ofensiva, segundo autoridades de inteligência ucranianas. 

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