Aqui estamos todos vivendo nossas vidas um dia após o outro, buscando ser melhores do que ontem na expectativa do amanhã. Eternos buscadores da felicidade que nem sempre chega ou acostumados ao caos e a dormência por preferir nada sentir do que viver em dor. Afinal, viver é ou não uma grande dádiva? A pergunta é quase ingênua, por certo que sim, a vida em si é o milagre na Terra.
O tempo é imbatível, ele passa e não espera ninguém. Independente de suas escolhas, ou a omissão diante delas, o tempo é esteira que não para de correr. Cruzamos caminhos com diferentes pessoas ao longo da vida, vivenciamos experiências das mais amorosas e divertidas até as mais duras e trágicas, e inúmeras vezes questionamos: por quê? Afinal, qual o propósito por trás de tudo isso.
Homens e mulheres de todas as épocas questionaram as razões de nossa existência sem conseguir chegar a uma resposta que acalente os corações duvidosos ou acalme as mentes agitadas. A ciência tenta desde sempre descobrir de onde viemos na esperança de apontar para onde vamos. A história se repete, nas devidas proporções, com personagens distintos mas perguntas semelhantes.
Não diferente dos gigantes antecederam e compartilharam sua sabedoria, vivo na busca por realizar o potencial que acredito carregar. Aquele que todo Ser humano tem dentro de si, e descobri-lo passa a ser o grande desafio. Daí a percepção de que a vida é feita de ciclos e isso tem significado enorme.
Não fosse a velhice, talvez não soubéssemos apreciar a juventude. Não fosse a sabedoria, talvez não soubéssemos apreciar o conhecimento. Não fosse a morte, talvez não soubéssemos apreciar a vida. Enfim, analogias inúmeras consagram a idéia de que o intervalo entre dois pontos constitui a jornada de ciclos, vistos como os anos e aniversários, que carregam uma carga de lições diferentes a cada indivíduo, mas comum a todos em objetivo: auxiliar em sua evolução.
Em plena pandemia me senti desafiado a materializar projetos, uma lição de força de vontade e dedicação. Iniciei inúmeras atividades na idéia de ocupar meu tempo sem avaliar o desgaste que me causariam, uma lição de cautela na tomada de decisões. Aprendi que preciso equilibrar meu foco com momentos de diversão, e celebrar pequenas vitórias com sentimento de orgulho junto daqueles que amamos.
Perceber as lições de cada ciclo nos permite dar um passo adiante na escola da vida. Agradeça tudo sem julgar, e peça apenas paciência e sabedoria para decifrar os mosaicos e quebra-cabeças que surgirem no caminho. Gratidão ao ciclo que se encerra, entusiasmo para o ciclo que se inicia.
* artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
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Muito bom Rafael, lição que fica: equilibrar as atividades e viver o presente como dádiva dos ciclos que se renovam, e trazem outros saberes, sabores e amores. Sem nada vale se não estivermos presentes, amando sentindo ou saboreando, talvez seja o grande eterno desafio.