A Escola Americana de Vitória (EAV) inaugurou no início deste ano o seu novo campus no bairro Bento Ferreira, em Vitória. A instituição de ensino tem na Metodologia de Projetos o seu grande diferencial em relação às outras escolas regulares.
De acordo com Andrea Buffara, diretora pedagógica da EAV, esse modelo se afasta do que é empregado nas demais instituições há décadas e proporciona ao aluno um ambiente propício para que ele se desenvolva.
“A Escola Americana de Vitória adota a metodologia de projetos, que favorece o desenvolvimento da capacidade de decidir, escolher, falar e escutar. Além disso, propicia aos estudantes a alegria em aprender, em descobrir, e a necessidade de construir e pesquisar, desenvolvendo habilidades essenciais para a formação integral do ser humano. O trabalho com projetos quer mais do que romper com as velhas aulas expositivas, lineares e unidirecionais, pouco interativas e pobres de estímulos. Essa metodologia propõe um envolvimento de alunos e professores com o conhecimento, então é preciso avançar para novas formas de ensinar e aprender”.
A Escola Americana de Vitória foi fundada em 2018, na Enseada do Suá, mas o tradicional ginásio do Álvares Cabral, em Bento Ferreira, deu lugar a um moderno espaço que possui 10 salas de aulas, com turmas do 1º ao 5º ano dos Ensinos Infantil e Fundamental I. Além disso, o local contém uma área administrativa e ambientes multidisciplinares e recreativos, com destaque para a sala de balé, biblioteca, refeitório, parque infantil, estúdio de artes, entre outros.
Toda essa estrutura, entretanto, pouco pôde ser usufruída pelos alunos, pois a pandemia da COVID-19 fez com que as aulas presenciais fossem suspensas. Então, para que os estudantes não ficassem prejudicados, a escola criou o Plano Virtual de Aprendizagem.
“A escola criou um Plano Virtual de Aprendizagem, que forneceu diretrizes para apoiar os professores ao planejar atividades de aprendizagem para os alunos, utilizando recursos que proporcionaram uma oportunidade significativa de aprendizado. A abordagem da EAV, para o ensino remoto, se baseou no fato de que as experiências de aprendizado planejadas pelos professores em um dia escolar regular não podiam ser simplesmente replicadas por meio do ensino remoto”, explica Andrea.
A diretora pedagógica também revela que durante esse período os professores puderam implementar novas técnicas no processo de ensino para que as aulas remotas se tornassem tão produtivas quanto as presenciais.
“Os professores praticaram e experimentaram novos métodos de ensino para fornecer conteúdo e feedback eficaz para apoiar o aprendizado e crescimento dos alunos. Na frente doméstica, entendemos que as família enfrentavam uma variedade de situações. Os alunos precisavam ter acesso on-line, então a escola forneceu suporte técnico para ajudar as famílias a navegar no ambiente de aprendizado on-line”.
O aluno é o protagonista na Escola Americana de Vitória
A implementação dos aparatos tecnológicos com a suspensão das aulas presenciais foi inevitável para as escolas que mantiveram as suas aulas de forma remota. No entanto, um dos diferenciais da EAV é a de ter o aluno como o grande protagonista do processo de aprendizagem.
Dessa forma, para que esse protagonismo fosse alcançado pelos alunos nas aulas on-line, Andrea explica que a instituição resolveu dividir as turmas em pequenos grupos. Sendo assim, os estudantes teriam mais atenção e participação junto ao professor.
“Durante a pandemia não queríamos deixar de lado a essência de quem éramos: o aluno como protagonista. Por isso diminuímos o tamanho das turmas on-line, e o professor repetia a mesma aula várias vezes por dia para grupos bem pequenos. Dessa forma todos tiveram a oportunidade de participar e ninguém ficou no esquecimento. Além disso, o professor tinha como acompanhar de perto o desenvolvimento de cada aluno”.
A diretora pedagógica revela que a tecnologia caminhou lado a lado de todos os agentes envolvidos nesse processo: escola, professores e alunos.
“Os professores precisaram se reinventar e aprenderam a usar novas tecnologias para executar a aula e engajar o aluno. Eles utilizaram ferramentas como PearDeck, que possibilitava o professor a compartilhar perguntas interativas e avaliações formativas via Google Slides. Também usamos muitas outras ferramentas novas: SeeSaw, Kami (interactive whiteboard), Zoom, Google Docs, e material didático como o da Kahn Academy On-line. Além disso, criar um canal no YouTube, o EAV TV, onde os professores criaram vídeos para engajar os alunos. Montamos um estúdio na escola para filmar toda semana”.
Tecnologia na educação já é realidade
Andrea acredita que, a partir de agora, as aulas remotas farão cada vez mais parte da vida acadêmica dos alunos.
“O mundo pós-pandemia vai continuar a utilizar tecnologias novas dentro da sala de aula. Agora entendemos como manter relações entre o professor e o aluno de forma remota. Isso deve continuar, e se no futuro tivermos que fechar as escolas por períodos curtos, ou se os alunos não puderem frequentar a escola por motivos de doenças, teremos recursos para providenciar as aulas remotas”.
A diretora pedagógica finaliza. “A tecnologia vai continuar a ser usada nas escolas para a produção de documentos, análise de dados, colaboração, publicação e criação de habilidades importantes a serem desenvolvidas para preparar o aluno para o ambiente de trabalho futuro. A pandemia acelerou em uma década o avanço digital na educação. O uso da tecnologia provou que podemos aprender a qualquer hora e a qualquer momento”.
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Desenvolver habilidades para o mercado de trabalho que sofre transformações com esse novo formato de sociedade que a pandemia gerou é fundamental.
Parabéns, aos gestores educacionais, pela visão empreendedora e social.