As atividades extensionistas serão a revolução do Ensino Superior?

As atividades extensionistas podem ser a revolução do Ensino Superior
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As atividades extensionistas, em sua essência, consistem em criar atividades práticas que estejam relacionadas às disciplinas cursadas. Para, portanto, conectar alunos e a sociedade.

Tais atividades são obrigatórias e distribuídas ao longo do curso, devendo corresponder a 10% da carga horária do curso. Foram definidas pelo MEC na Resolução Nº 7, de 18 de dezembro de 2018, tendo as Instituições de Ensino Superior até este ano para implantarem em todos seus cursos.

Mas será que a aplicação dessas atividades será possível? Elas provocarão uma revolução no Ensino Superior? Precisamos definir, então, o que são as atividades extensionistas.

Elas podem ser desde o preenchimento de um formulário que se transformará numa planilha para futuras análises, até o atendimento a pacientes, no caso de um curso na área de biológicas, como enfermagem ou medicina.

As atividades extensionistas já fazem parte da prática discente de alguns cursos. Mas, agora, devem estar mais bem estruturadas e organizadas para alcançar os objetivos a que se propõem e avaliar sua efetividade em termos de aprendizagem. Todos os cursos superiores precisam tê-las em suas grades.

Me responda uma coisa: você, quando fez seu curso superior ou acompanhou alguém que o realizava, não ouviu os seguintes questionamentos: “não é muita teoria?”, “iremos usar isso como e em qual situação?”. Essas atividades, agora em implantação, visam dar mais sentido ao que se estiver estudando, e levar os acadêmicos a colocarem em prática conceitos, teorias e técnicas vistas em suas aulas.

Com isso, os estudantes no Ensino Superior terão muito trabalho prático pela frente, porque as atividades extensionistas estarão presentes do início ao final do curso. Os alunos terão que estudar mais e não deve ser motivo de preocupação para o professor. Pois, creio que tudo que conduzir o aluno a uma maior aprendizagem, vale a pena.

Os benefícios

As vantagens para o estudante são inúmeras, porque isso conseguirá aproximar, de forma estruturada e organizada, a teoria da prática. Desenvolverá, ademais, atividades para ampliar a visão geral das possibilidades de atuação após a conclusão de seu curso superior. Além de elevar o senso crítico, a capacidade de resolver problemas, ampliar a criatividade e claro, se tornar um profissional mais completo por ter essas experiências enriquecedoras.

O aluno terá que se esforçar mais, se dedicar, ser organizado e trabalhar mais para dar conta das novas exigências. Cada curso, cada área específica, de cada instituição com as suas especificidades, será influenciada pela cultura das Instituições de Ensino Superior (IES) e o jeito de fazer a educação acontecer.

Estudantes de cursos presenciais e da educação a distância serão tratados de forma diferente? Uns serão beneficiados em detrimento de outros? A resposta é não. Independente da modalidade, todos, sem exceção, para se formarem terão que cumprir com as atividades elencadas pela instituição para conseguir finalizar seu curso.

As instituições terão um novo e gigantesco desafio: repensar seus cursos, suas grades, bem como a forma de oferta, que culminará na estruturação das atividades, de forma que possam ser realizadas e avaliadas, com baixo ou alto volume de alunos, no caso da modalidade EAD.

Ainda é cedo para afirmar que as atividades extensionistas representarão uma revolução. Mas com certeza, essa mudança significativa já está fazendo instituições, professores, coordenadores pedagógicos e daqui a pouco, os alunos, a encararem o processo de aprendizagem sobre o novo prisma. O desejo de todos os envolvidos é que de fato, contribua para a formação de melhores profissionais.

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Atividades extensionistas serão a revolução do Ensino Superior?
Ademir Bueno, psicólogo, mestre em Sociologia e professor.

*artigo escrito por Ademir Bueno. Psicólogo, mestre em Sociologia e professor.

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