A resposta da gigante de buscas Google ao sucesso do ChatGPT, que quebrou record ao atingir a marca de 100 milhões de usuários ativos apenas dois meses após seu lançamento, será o Bard. A novidade foi anunciada recentemente e ainda está em fase experimental, mas segundo o Google, o Bard deve começar a ser liberado para nós nas próximas semanas.
Atualmente, para realizar uma pesquisa no Google é preciso acessar o navegador e digitar a pergunta ou as palavras-chave. O mecanismo de busca mostra os principais resultados e o usuário abre as páginas que achar que respondem melhor as suas dúvidas.
Com a chegada do Bard, as pesquisas serão mais precisas e devem imitar a escrita humana a partir da inteligência artificial. A promessa é facilitar e dar agilidade nas buscas. A tecnologia é baseada em LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo), trata-se de um sistema em desenvolvimento pela empresa há vários anos.
O Bard é alimentado com informações da web em tempo real, tornando as suas respostas mais confiáveis do que as do ChatGPT
Segundo o Google, o Bard pode ser usado para explicar tópicos complexos. Além disso, o Google afirmou que, em breve, os usuários verão recursos baseados em IA na busca que transformam informações complexas e várias perspectivas em formatos fáceis de se entender.
O objetivo é responder a um novo comportamento de busca dos internautas e facilitar o entendimento de questões mais difíceis
Não foi revelado exatamente como será incorporado à busca do Google. Quando as pessoas pensam no Google, muitas vezes pensam em procurar para obter respostas factuais rápidas. Cada vez mais as pessoas estão recorrendo ao Google para obter insights e entendimentos mais profundos.
O Google frisou que a inteligência artificial será desenvolvida de forma responsável. O princípio será evitar criar ou reforçar preconceitos injustos. É um dos principais pontos de preocupação do Google no que diz respeito ao uso dos modelos de linguagem para fins de pesquisa
Entendemos que a responsabilidade aqui é evitar impactos injustos sobre as pessoas, especialmente aqueles relacionados a características sensíveis como raça, etnia, gênero, nacionalidade, renda, orientação sexual, capacidade e crença política ou religiosa. É fundamental distinguir preconceitos justos de injustos.
Outra preocupação quanto ao uso de modelos de linguagem como mecanismo de busca é a tendência que eles têm de apresentar informações falsas ou enganosas como verdadeiras. O ChatGPT, por exemplo, já criou referências que não existem para justificar respostas. O problema é que a alta capacidade de interagir com os usuários e reproduzir, de forma muito fidedigna, a escrita e o estilo de linguagem humanos, faz com que o robô pareça que está certo mesmo quando está errado.
O Google, parece estar atento a essa questão. Além do Bard ter acesso à Internet em tempo real para fornecer respostas atualizadas, a empresa garantiu que vai combinar o feedback dos usuários com testes internos para garantir que as respostas do Bard atendam a um alto nível de qualidade, segurança e fundamentação em informações do mundo real.
Como acessar o Bard?
Ainda não foi liberado para o público. Segundo o Google, a inteligência artificial é um serviço experimental e deve ser disponibilizado nas próximas semanas. O Google não esclareceu como será o acesso ao Bard, se poderá ser acessado somente pela versão web ou se haverá um aplicativo para instalarmos em nossos celulares.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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