As fortes chuvas que castigaram a região Sul do Espírito Santo, evidenciaram a necessidade de medidas eficazes para prevenir e mitigar os impactos de inundações e alagamentos. A tecnologia surge como uma aliada fundamental nesse processo, oferecendo ferramentas para monitoramento, alerta e resposta a tais eventos.
Monitoramento em tempo real
- Sensores e redes de monitoramento: a instalação de sensores em áreas de risco permite o acompanhamento em tempo real dos níveis dos rios e da precipitação pluviométrica. O sistema e-Noé, desenvolvido pela USP, é um exemplo de rede de sensores sem fio que pode fornecer dados precisos para alertar sobre o risco de inundações.
- Imagens de satélite e drones: imagens de satélite e drones podem ser utilizadas para mapear áreas de risco, monitorar o avanço das águas e avaliar os danos causados por inundações. A empresa brasileira MapBiomas, por exemplo, utiliza imagens de satélite para monitorar o desmatamento, um fator que pode aumentar o risco de inundações.
- Dados históricos e modelagem computacional: o uso de dados históricos de chuvas e inundações, em conjunto com modelagem computacional, pode ajudar a prever áreas com maior risco de alagamento e direcionar ações de prevenção.
Alerta e comunicação
- Redes sociais e aplicativos de comunicação: as redes sociais e aplicativos de comunicação podem ser utilizados para divulgar informações sobre o risco de inundações e alagamentos, além de fornecer instruções sobre como se manter seguro durante esses eventos.
- Sistemas de alerta precoce: sistemas de alerta precoce podem ser implementados para notificar a população sobre o risco de inundações e alagamentos, permitindo que as pessoas tomem medidas para se proteger. O aplicativo “Alerta Chuva”, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, fornece alertas de chuvas fortes e inundações para todo o Brasil.
Para receber o alerta da Defesa Civil, os interessados devem se cadastrar através do telefone (61) 2034-4611 ou por este link. Em seguida, é necessário interagir com um robô de atendimento, enviando um “Oi”. Após a primeira interação, a pessoa deve informar sua localização atual ou escolher outra de interesse. O robô então confirmará o desejo de receber os alertas e disponibilizará os termos de uso e a política de privacidade, que regulamentam o projeto, para que o usuário os aceite.
É possível cadastrar várias localizações diferentes, o que permite acompanhar os diferentes lugares que a pessoa frequenta ou quando faz uma viagem. O usuário pode compartilhar a localização (tocando em Anexar > Localização), digitar o CEP e clicar em enviar, ou simplesmente digitar o nome do município e enviar. As áreas de interesse podem ser editadas a qualquer momento.
Resposta e recuperação
- Mapeamento de áreas afetadas: drones e imagens de satélite podem ser utilizados para mapear áreas afetadas por inundações e alagamentos, facilitando o trabalho das equipes de resgate e recuperação.
- Coordenação de esforços: plataformas online podem ser utilizadas para coordenar os esforços de resposta a desastres, conectando governos, ONGs, empresas e cidadãos.
- Apoio à população afetada: a tecnologia pode ser utilizada para fornecer apoio à população afetada por inundações e alagamentos, como por exemplo, através da entrega de alimentos, água potável e medicamentos.
Lições aprendidas em Mimoso do Sul
A tragédia em Mimoso do Sul serve como um lembrete da importância de investir em tecnologias para monitorar, prevenir e mitigar os impactos de inundações e alagamentos. O uso inteligente da tecnologia pode salvar vidas, reduzir danos materiais e tornar as comunidades mais resilientes a eventos climáticos extremos.
Para o futuro
É fundamental que governos, empresas e sociedade civil trabalhem em conjunto para desenvolver e implementar soluções tecnológicas eficazes para a gestão de inundações e alagamentos. A integração de diferentes tecnologias, a criação de sistemas de alerta precoce eficientes e a capacitação da população para o uso dessas ferramentas são essenciais para construir um futuro mais seguro e resiliente.
O que podemos fazer?
- Internet das Coisas (IoT): sensores conectados à internet podem fornecer dados em tempo real sobre diversos fatores que podem influenciar o risco de inundações, como a quantidade de chuva, o nível dos rios e a saturação do solo.
- Inteligência artificial (IA): a IA pode ser utilizada para analisar dados e identificar padrões que podem ajudar a prever o risco de inundações e alagamentos com maior precisão.
- Realidade virtual e aumentada: essas tecnologias podem ser utilizadas para treinar equipes de resgate e para simular cenários de inundações, ajudando a preparar as pessoas para esses eventos.
Ao investir em tecnologias inovadoras e na capacitação da população, podemos construir comunidades mais resilientes e preparadas para enfrentar os desafios cada vez mais frequentes das inundações e alagamentos.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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