Por que as nações prosperam?

Vinícius Gazzinelli. Foto: Acervo pessoal

Diante das imensas diferenças que separam nações prósperas daquelas que enfrentam a estagnação, uma questão essencial se coloca: o que explica essas disparidades no desenvolvimento das sociedades?

Em Por Que as Nações Fracassam, os economistas Daron Acemoglu e James A. Robinson nos levam a refletir sobre como as escolhas institucionais moldam o destino de um país.

Eles explicam que o segredo do desenvolvimento duradouro não está apenas em fatores geográficos ou culturais, como muitos ainda defendem, mas sim na criação de instituições inclusivas que permitam a participação econômica e política de seus cidadãos.

Essas instituições inclusivas oferecem à sociedade uma estrutura na qual a inovação e o empreendedorismo podem florescer, criando um ambiente propício ao crescimento sustentável.

Em contraste, as instituições extrativas, que concentram poder e recursos em mãos de poucos, funcionam como freios ao progresso, sufocando a inovação e mantendo a população à margem do desenvolvimento.

O resultado? Uma sociedade que perpetua a desigualdade e a pobreza, sem alavancas internas para uma mudança efetiva.

A prosperidade de uma nação, portanto, não é fruto do acaso ou de uma riqueza natural isolada, mas de escolhas bem fundamentadas sobre o tipo de sociedade que se deseja construir.

Uma economia de mercado saudável, o respeito à liberdade de expressão e à segurança jurídica, a formação de líderes éticos e a promoção de um estado de direito sólido formam a base para um crescimento duradouro e para o desenvolvimento humano.

Esses elementos criam condições onde o talento pode ser aproveitado em seu potencial máximo e onde as inovações tecnológicas e empresariais podem impulsionar todos os setores.

O Brasil, diante de seus desafios históricos e atuais, tem pela frente a oportunidade de aprender com exemplos de sociedades que prosperaram ao longo do tempo e evitar os erros que mantêm outras economias em situação de dependência e vulnerabilidade.

Para que isso ocorra, precisamos de um olhar profundo e comprometido com a mudança estrutural, que compreenda a importância de um ambiente onde o empreendedorismo seja valorizado, onde as leis incentivem e protejam a livre iniciativa, e onde a sociedade tenha voz ativa na condução de seu próprio futuro.

Essa reflexão será o ponto central do 12º Fórum Liberdade e Democracia de Vitória, que acontece nos dias 13 e 14 de novembro de 2024, promovido pelo Instituto Líderes do Amanhã.

O evento reunirá líderes nacionais e locais para debater como o Brasil pode construir instituições mais inclusivas e transformar essas ideias em realidade.

A jornada para a prosperidade exige um compromisso com a liberdade e com a criação de oportunidades equitativas para que todos possam contribuir para o crescimento do país. Só assim, investindo em instituições fortes e inclusivas, seremos capazes de construir um futuro próspero e verdadeiramente democrático.

Vinícius Gazzinelli

Presidente do Instituto Líderes do Amanhã

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