Castração de pets: 3 mitos e 3 verdades

Apesar de já bastante conhecida, a castração de pets ainda gera muitas dúvidas. Por conta de algumas informações compartilhadas sem conhecimento exato, há quem pense que castrar os bichinhos possa colocá-los em risco ou gerar sofrimento. Na verdade, hoje reconhece-se que o procedimento, feito com toda a segurança e acompanhamento dos profissionais especializados, pode trazer benefícios para a vida dos pets, independente do sexo.

Para entender as especificidades do processo de castração, conheça alguns dos principais mitos e verdades que giram em torno do assunto.

Mitos

 Os pets engordam após a castração

O aumento de peso em cães e gatos não está diretamente relacionado à castração, e sim a diversos outros fatores como o sedentarismo, ingestão excessiva e incorreta de alimentos, alterações hormonais, entre outros. Antes ou depois de castrar, reconheça a importância de uma rotina para seu animalzinho que inclua caminhadas e brincadeiras frequentes.

“Atualmente, grande parte da população de cães e gatos está sofrendo de obesidade, um mal, assim como nos humanos, que coloca em risco toda a saúde do animal, alterando suas taxas metabólicas, comportamento e interação com o dono. A nutrição é superimportante e deve ser fator comum na clínica veterinária. Vejo donos de cães e gatos obesos colocando a castração como culpada, mas não se atentam à alimentação errada, desequilibrada e em excesso. O dono acha que comer bem é comer muito, o que não é verdade”, alerta Ana Paula Có Lisboa, coordenadora Pet da Nutriave Alimentos.

 Castrar afeta o ‘emocional’ e a personalidade dos cães e gatos

É comum escutar que castrar os animais de estimação pode torná-los mais preguiçosos, desanimados e sem energia. Na verdade, o que se deve considerar é que o passar do tempo traz naturalmente a maturidade dos bichinhos e, com isso, uma possível diminuição na energia – filhotes castrados ou não castrados podem ter o mesmo ritmo.

Além disso, são mitos as afirmações de que a retirada dos testículos nos machos e dos ovários e útero nas fêmeas transformará animais violentos em mansos ou vice-versa. Não há relação entre o procedimento e mudanças na personalidade do pet, apesar de algumas melhorias no comportamento (relacionadas aos instintos sexuais) serem notadas. Educá-los desde pequenos é o caminho para que sejam mais dóceis e não deem trabalho.

– O procedimento de castração é cruel e perigoso

Não! A cirurgia para a castração é realizada com anestesia geral, o pet não sente dor e tem recuperação rápida: em uma semana os pontos já poderão ser retirados. Nas fêmeas, é feito apenas um corte no abdômen e nos machos o procedimento é ainda mais superficial, pois não chega a invadir a cavidade abdominal.

 

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Verdades

– A castração tem vantagens para a saúde

A mais conhecida destas vantagens é a ajuda na prevenção de cânceres comuns aos bichinhos, como o de próstata e de mama, cujos riscos diminuem consideravelmente com a castração: nas gatas, por exemplo, a castração antes dos seis meses de vida previne 90% dos tumores de mama. Além disso, reduz-se também os riscos de doenças sexualmente transmissíveis e outras enfermidades que se dão nas vias uterinas e órgãos genitais.

– Castrar antes da puberdade é o ideal

A castração não é realizada exclusivamente antes da puberdade, mas grande parte dos especialistas aponta que realizar o procedimento nesta fase, de preferência antes que tenham sua primeira cria, pode garantir maior eficácia na alteração de alguns comportamentos indesejados e também na prevenção de doenças. Um período indicado comumente é entre o primeiro e o segundo cio, que apresenta menos contraindicações que a cirurgia antes do primeiro cio (como infantilização das genitálias e aumento da possibilidade do animal apresentar incontinência urinária). A idade ideal, porém, deve ser conversada com o veterinário, pois pode variar conforme o porte e demais especificidades de cada bichinho.

– Pode alterar alguns comportamentos característicos e diminuir agitação

A mudança em alguns comportamentos dos cães e gatos com a castração está bastante relacionada à idade do animal, já que quanto mais novo, maior a facilidade na mudança de hábitos (não é mais difícil pra nós também abandonar hábitos quando estamos mais velhos?).

Considerando isso, a necessidade de reprodução pode deixar os gatos, por exemplo, agressivos e dispostos a lutar por um(a) parceiro(a), além de propensos a miados excessivos noites adentro – estes hábitos podem ser diminuídos com a castração. A demarcação de território e hábitos desagradáveis como montar nas pessoas, características de alguns cães macho, também podem deixar de ser costumes quando o cachorrinho ainda não é adulto.

 

Pense com carinho no que é melhor para a saúde do seu pet e lembre-se que informação nunca é demais. Tire todas as suas dúvidas com o especialista que confia e converse com outros donos que já realizaram o procedimento. Você vai ver que a castração não é nenhum bicho de sete cabeças e que muitos donos passam por isso sem complicações! 🙂

4 Respostas para “Castração de pets: 3 mitos e 3 verdades

    1. Olá, Raquel!
      Indicamos que leve o seu filhote para o veterinário de confiança e converse com ele(a) sobre a época ideal para realizar o procedimento, pois isso pode depender de alguns fatores. 🙂

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