Livros sobre racismo: escolha o seu e vamos para a luta!

Eu estou muito feliz que milhões de pessoas parecem ter despertado de um sono profundo em relação ao racismo. Óbvio que nunca na vida gostaria de ver alguém passar pelo o que George Floyd passou, tampouco assistir assustada a lojas sendo depredadas, pois aprendi com Martin Luther King que os protestos não violentos são as armas mais poderosas na luta pela justiça social. Mas também não posso deixar de agradecer pelo romper social e quebra de paradigmas que temos visto.

Esse tema não é novo na literatura. Há muitos livros sobre racismo, cada um mais profundo e inquietante que o outro. Sejam biografias, discussões sociais ou ficção, as obras são perfeitas para todos que buscam compreender melhor o racismo e combater o preconceito, especialmente quem nunca o sentiu na pele.

Escolhi seis títulos, mas tem muito mais nas prateleiras das livrarias. Com o tempo e à medida que for lendo (porque essa é uma leitura incessantemente necessária), deixo mais aqui. Vou começar a lista dos livros sobre racismo com uma das obras mais impressionantes que já li na vida. E não me segurem, eu li as palavras ditas e escritas por Martin Luther King e o meu coração tá que não se aguenta! Vamos lá?

Livros sobre racismo

A autobiografia de Martin Luther King (Clayborne Carson)

Preço médio: R$ 65

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Eu ainda preciso de muito tempo para digerir e colocar em palavras o que esse livro fez comigo. Martin Luther King dispensa apresentações, afinal, ele foi um dos maiores símbolos da luta por igualdade, justiça e paz não apenas dos Estados Unidos, mas da humanidade, líder de uma revolução que mudou os Estados Unidos e influenciou o mundo inteiro. Não é à toa que ele é o padrão de protesto de revolução.

É importante lembrar que essa não é uma autobiografia propriamente dita, mas uma compilação de arquivo inédito de textos autobiográficos do próprio King, incluindo cartas e diários não publicados, filmes e gravações feitas por Clayborne Carson, historiador da Universidade Stanford e diretor do Martin Luther King Jr. Research and Education Institute. Ainda assim, a obra oferece um excelente retrato em primeira pessoa desse grande líder. As cartas e telegramas que ele mandava para a esposa são a coisa mais linda!

O Sol é Para Todos (Harper Lee)

Preço médio: R$ 40

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O Sol é Para Todos ganhou o Prêmio Pullitzer e foi eleito por várias publicações como um dos melhores romances do século XX. Como a sinopse oficial fala, é um livro emblemático sobre racismo e injustiça, e narra a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930, tudo narrado pela filha do advogado. “Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações”.

A Resposta (Kathryn Stockett)

Preço médio: R$ 80

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O livro já era conhecido, mas alcançou o ápice com a premiada adaptação para o cinema, que conta com atuações incríveis de Emma Stone, Octavia Spencer e da minha diva Viola Davis. Essa é uma história de preconceito, racismo e, na contramão, esperança, com uma jovem jornalista branca na década de 1960 no estado americano do Mississipi, que decide escrever um livro polêmico sobre os relacionamentos das empregadas domésticas com as suas patroas brancas.

A Cor Púrpura (Alice Walker)

Preço médio: R$ 40

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Esse é um dos títulos mais aclamados de toda a história da literatura, com uma adaptação cinematográfica dirigida por Steven Spielberg, com uma história tão densa que confesso que ainda não tive coragem de ler. A cor púrpura retrata a vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX que foi abusada física e psicologicamente desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. “Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra extremamente atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gêneros, etnias e classes sociais.”

Pequeno manual antirracista (Djamila Ribeiro)

Preço médio: R$ 20

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Um lançamento brasileiro que ainda não li, mas quero muito. Sinopse oficial: “Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas.

Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.”

Sulwe (Lupita Nyong’o)

Preço médio: R$ 45

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Fecho essa primeira lista de livros sobre racismo com o lançamento da atriz incrivelmente maravilhosa Lupita Nyong’o. O livro é baseado nas experiências de vida de Lupita e conta sobre uma menininha que se sente muito incomodada pela sua cor de pele, até que uma estrela cadente a leva por uma viagem que a faz perceber o valor que tem. O título é infantil, recomendado para todas as idades, mas é uma pérola para qualquer geração, com seus ensinamentos sobre autoestima e amor próprio. As ilustrações da Vashti Harrison também são maravilhosas.

Bem, é isso! Deixo aqui uma pequena contribuição de livros sobre racismo, bem ciente do poder que a leitura tem para transformar o mundo. Como bem cantou Gabriel, o Pensador, “a gente muda o mundo na mudança da mente, e quando a mente muda a gente anda pra frente”. Eu acredito numa humanidade capaz de enxergar a si e ao próximo como iguais, porque de fato são. Ainda bem que não estou sozinha nessa luta e tenho nos livros a minha melhor arma.

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