As despesas na colheita de café podem representar cerca de 30% a 40% do custo de produção em decorrência da demanda elevada de mão de obra, especialmente em regiões montanhosas com restrição para mecanização, como nos municípios da região serrana do Espírito Santo. É essencial ter um planejamento para reduzir os custos e permitir o máximo do seu potencial de qualidade do café.
Por esse motivo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou uma lista de boas práticas agrícolas e de gestão a serem seguidas, para preservar o café colhido:
• Verificar instalações, equipamentos, materiais e pessoal necessários para a colheita;
• Manter as plantas daninhas controladas sob as copas dos cafeeiros, facilitando a colocação dos panos de colheita, se for o caso;
• Programar o início da colheita dos talhões com maturação dos frutos mais precoces, e depois colher os frutos médios e tardios;
• Vistoriar a colheita para impedir excessos no arranquio de folhas, quebra de ramos e permanência de frutos na planta;
• Transportar no mesmo dia o café colhido para o processamento e/ou secagem, evitando amontoar ou deixar o café secar na lavoura;
• Efetuar o repasse, recolhendo frutos que ficaram na planta ou no chão após a colheita, evitando o desenvolvimento da broca-do-café na lavoura e sua futura infestação.
Sem essas boas práticas para a plantação, colheita e comercialização, o café colhido pode sofrer baixa de qualidade em alguns aspectos importantes, como na colheita de frutos verdes e de frutos que ultrapassaram o ponto de maturação ideal e sinais de senescência.
Para ficar por dentro dessas e demais regras do Embrapa, conheça o Manual do Café – Colheita e Preparo, disponível no Observatório do Café, coordenado pela empresa.