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Bolsonaro fala sobre 'transparência' na Petrobras e contesta altos salários

O chefe do executivo negou interferência na empresa e questionou o alto salário do presidente Roberto Castello Branco

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

Após novamente negar interferência nos preços da Petrobras, nesta segunda-feira (22) durante conversa com apoiadores o presidente Jair Bolsonaro afirmou que sua reivindicação trata-se apenas de por parte da empresa. Bolsonaro também falou sobre o contrato de Roberto Castello Branco no comando da Petrobras e questionou o salário do economista por “trabalhar de forma remota”.

O presidente reafirmou que o cargo de Castello Branco como presidente da petrolífera chega ao fim no dia 20 de março e afirmou: “É direito meu reconduzi-lo ou não. Ele não será reconduzido, qual o problema?”. Ainda de acordo com Bolsonaro, Roberto “está há 11 meses em casa, sem trabalhar, trabalha de forma remota”.

“O chefe tem que estar na frente, bem como os seus diretores. Então, isso para mim é inadmissível. Descobri isso há poucas semanas. Imagine eu, presidente, no meio da covid-19, ficando em casa. Não justifica isso aí”, disse.

O chefe do executivo afirmou que o presidente da Petrobras possui um salário de mais de R$ 50 mil por semana. “Respeito a empresa, mas queremos saber de tudo o que acontece lá, inclusive a política salarial do presidente e seus diretores. Alguém sabe quanto ganha o presidente da Petrobras? R$ 50 mil por semana? É mais do que isso por semana”, apontou.

Bolsonaro também atacou a política salarial da estatal e a adoção do home office. “Não quero que ganhe R$ 10 mil por mês, não, tem que ser uma pessoa qualificada. Mas não ter esse tipo de política salarial lá dentro e para ficar em casa, para mim, não justifica essa ausência da empresa”, pontuou.

Ele também acredita que o impacto negativo no mercado após a mudança no comando da empresa “é sinal de que alguns do mercado financeiro estão muito felizes com a política que só tem o viés de atender aos interesses próprios de alguns grupos”.

Bolsonaro também rebateu críticas sobre a escolha do general Joaquim Silva e Luna para a chefia do posto. “Ele estava à frente da Itaipu Binacional, saneou toda a empresa e só no ano passado investiu R$ 2,5 bilhões em obras, dentre essas obras duas pontes com o Paraguai, a extensão das pistas [do aeroporto] de Foz do Iguaçu, que vai começar a receber voos internacionais, e atendeu mais de 20 municípios com as mais variadas obras”, encerrou.

*Com informações do Portal R7.