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Bombeiros indicam o que causou incêndio no Parque Paulo César Vinha

Perícia realizada pela corporação conclui que origem do fogo que destrui o equivalente a 1500 campos de futebol da área do parque não teve causas naturais

Foto: Marcelo Nascimento/Iema

Fogo durou 33 dias e foi causada por ação humana, conforme apontou relatório do Corpo de Bombeiros

A perícia do Corpo de Bombeiros concluiu que o incêndio que ocorreu em setembro de 2022 no Parque Paulo Cesar Vinha, em Guarapari, foi causado exclusivamente pela ação humana. O trabalho de investigação durou quatro meses e foi divulgado em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6).

A perícia descartou a ocorrência de fenômenos naturais. Na época, foram necessários 33 dias para controlar totalmente os focos do incêndio. Apesar do caráter administrativo da perícia, o Corpo de Bombeiros acredita que o início do incêndio tenha acontecido de forma acidental. 

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Com o trabalho da perícia finalizado, o laudo será encaminhado para a Polícia Civil que vai abrir um inquérito para investigar os possíveis responsáveis pelo incêndio. Ele será considerado criminoso se for constatado que foi feito intencionalmente. 

O fogo começou no dia 22 de setembro, na chamada Trilha do Tropical, muito utilizada por surfistas. O caminho liga a Rodovia do Sol à Praia D’Ulé, entre Vila Velha e Guarapari. 

“Foram analisadas imagens aéreas, além do próprio local, vestígios na trilha, além de relatos dos funcionários do parque”, explicou o capitão Ivan Carlos Abreu, sobre o processo de investigação. 

Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), que é responsável pelo parque, as chamas consumiram 550 dos 1500 hectares, ou 37% da área total, equivalente a 1500 campos de futebol. 

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Este foi o segundo maior incêndio da história do Parque Estadual Paulo César Vinha. A última destruição de grande extensão por fogo havia sido em 2014, quando 40% do parque haviam sido atingidos. 

O parque é um dos mais visitados no Espírito Santo e recebe cerca de 20 mil pessoas por ano.

Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/RecordTV