–
Boni deu uma entrevista bem sincera ao programa De Cara, da rádio FM ODIA. Para começar, o antigo manda-chuva da Globo criticou a homenagem que a escola de samba Beija-Flor fez, em 2014, à ele.
– A Beija-Flor cometeu um erro. Ela fez um carnaval duplo: uma homenagem à comunicação e a mim ao mesmo tempo. A Beija-Flor estava acostumada a espetáculos rococó. Uma grande montagem, com penas e plumas. Uma homenagem a mim teria que ser mais tecnológica, seria outro tipo de carnaval, mais moderno. Então, misturou-se as duas coisas e não deu certo. Eu jamais deveria ter feito o meu enredo na Beija-Flor. Não porque a Beija-Flor fosse incompetente. Sobra competência lá, só que o estilo da Beija-Flor não é compatível com a modernidade.
Sobre as novelas, grande sucesso da emissora, Boni disse que não gosta de tramas que dão foco muito grande à violência.
– Ninguém suporta mais violência. Ela já está na sua casa, na sua esquina. Quando você vai para a televisão, a televisão faz isso malfeito. Ela mostra uma coisa que é irreal. Ela mostra uma coisa que é parecida com a violência americana, com facções…sem consistência. Eu não sou contrário à violência, mas ela tem que ser dosada. Quanto de violência? Que tipo de violência? Mas não pode fazer uma novela sobre violência, é muito cansativo, disse Boni, que, em tom de brincadeira, disse que a última boa trama da emissora foi Roque Santeiro.
Para completar, Boni ainda elogiou a novela Os Dez Mandamentos, sucesso da Record.
– História fantástica, personagem fantástico, que é o Moisés, e uma produção muito boa. Reúne três qualidades que tornam a audiência daquilo segura.