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Brainard sugere mais estímulos em passagem de 'estabilização' para 'acomodação'

A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) Lael Brainard sugeriu nesta terça-feira, 1º, a ampliação dos estímulos fornecidos pela autoridade americana à economia. “Nos próximos meses, será importante que a política monetária passe da estabilização para a acomodação”, afirmou, durante webinar promovido pela Brookings Institution. “Será importante fornecer a acomodação necessária para alcançar o emprego máximo e inflação média de 2% ao longo do tempo”, acrescentou.

Brainard aproveitou o evento virtual para defender a revisão de estratégia política monetária anunciada pelo Fed na semana passada. Para ela, a mudança é uma inovação que coloca o BC dos EUA em uma posição mais forte. “Garantir expectativa de inflação de longo prazo ancorada em 2% é fundamental”, declarou a diretora.

A nova estratégia, que permite à inflação romper a meta de 2% para compensar o período em que rodou abaixo disso, sinaliza ao mercado que, no longo prazo, a meta deve ser atingida. “Sensibilidade da inflação a apertos do mercado de trabalho hoje é baixa, se comparada a décadas anteriores”, também disse a dirigente, reforçando a ideia presente no comunicado de revisão anunciado na última quinta-feira pelo presidente da autoridade, Jerome Powell. “Revisão de estratégia significa que Fed não vai retirar suporte preventivamente”.

Apesar da sinalização de algum estímulo monetário adicional, Brainard defendeu o apoio fiscal como decisivo para a perspectiva econômica do país. “Embora o vírus continue sendo o fator mais importante, a magnitude e o momento do novo apoio fiscal são um fator-chave “, disse, no webinar. “Condições gerais da economia são favoráveis, mas, olhando para o futuro, continuamos a enfrentar considerável incerteza”.

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