O esportista e empreendedor Bernardo Fonseca, de 45 anos, tornou-se o 35º brasileiro a chegar ao cume do Everest no último dia 22 de maio, após quase 50 dias de expedição. O objetivo do brasileiro ´e chamar atenção para o lixo que, ano a ano, é deixado para trás na região.
Em sua jornada pelo Everest, Bernardo Fonseca conheceu diversas iniciativas que visam levar sustentabilidade para a região. Além disso, o esportista entrou em contato com diferentes iniciativas que buscam conscientizar e preservar o ecossistema dos Himalaias.
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Uma delas é o Sagarmatha Pollution Control Committee (SPCC), organização ambiental, sem fins lucrativos, criada por sherpas – povo de etnia de origem tibetana – em 1991.
Hoje, os desafios enfrentados pela SPCC são imensos e vão desde a falta de recursos financeiros a uma barreira cultural em relação ao tema.
Nos últimos anos, segundo a entidade, mais de 25 toneladas de resíduos sólidos foram retirados do local.
Neste cenário, as montanhas ficam repletas de comidas abandonadas, cilindros de oxigênio vazios e até dejetos humanos. Com a mudança climática, os problemas ficam cada vez mais perceptíveis, podendo causar contaminação de rios e afetar a saúde dos povos da região.
Outra iniciativa é o Sagarmatha Next, idealizada pelo visionário esportista sueco Tommy Gustafsson. O objetivo da entidade é promover o turismo sustentável e adotar várias medidas para reduzir os efeitos da poluição.
A proposta é simples, mas com um impacto imenso: a ONG espalha lixeiras seletivas ao longo da trilha e coleta lixo em hotéis e lojas, por exemplo. Depois, esse material é triturado e colocado em ecobags.
“O nosso objetivo é dar voz a coisas boas, as iniciativas apesar de serem pequenas, são muito legais. O problema mais sério para o recolhimento do lixo é quando vamos para os pontos mais altos, por ser um lugar remoto é mais difícil de escolher. Mas, além das iniciativas, várias expedições estão com uma visão sustentável. Como o recolhimento de cilindros vazios”, explica Fonseca.
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