Nesta quarta-feira (16), o Ministério da Saúde apresentou o plano nacional de vacinação contra o novo coronavírus, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, tem a previsão de imunizar 51,4 milhões de pessoas ainda no primeiro semestre de 2021. De acordo com o documento, a imunização de toda a população brasileira deve ocorrer entre 12 e 16 meses.
“O cronograma [de distribuição e imunização] depende de registro. Eu posso falar de hipóteses. Temos mais de 300 milhões de doses já negociadas. Temos previsão de medida provisória para ser assinada ainda essa semana de R$ 20 bilhões”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a cerimônia.
O ministro já havia afirmado anteriormente que a vacinação começará cinco dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar um imunizante.
Fase da campanha
A primeira fase será dedicada a profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas acima de 60 anos que vivam em instituições como asilos e indígenas. São estimadas 29 milhões de doses nessa fase, levando em conta que cada uma tomará duas doses de vacina.
Na segunda fase, ´está previsto idosos acima de 60 anos, o que representa 44 milhões de doses de vacina.
A terceira fase será composta por pessoas com comorbidades, o que equivale a 26 milhões de doses.
Já a quarta fase engloba professores, do nível básico ao superior, profissionais de forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional, o que corresponde a 7 milhões de doses.
Nessas primeiras quatro fases, o governo afirma que planeja usar a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Assim que aprovado, o imunizante será produzido pela Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro.
Conforme acordo prévio com o laboratório, o governo federal deverá receber 100 milhões de doses da vacina de Oxford até julho de 2021. Para o segundo semestre, estão previstas 160 milhões de doses produzidas pela Fiocruz.
O Brasil também receberá 42,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 por meio da Covax, aliança global para distribuição de imunizantes contra a doença coordenado pela Organização Mundial de Saúde, determinada de acordo com a aprovação para uso.
O governo ainda articula a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. No documento, o governo afirma dispor de orçamento para a compra de outras vacinas em fase de testes e menciona 13 candidatas, entre elas a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, assim que aprovada, e consta do plano de vacinação do Estado de São Paulo.
Segundo o Ministério da Saúde, outras vacinas que podem ser adquiridas pelo país são Sputinik V, Janssen e Bharat Biotech.
*Com informações do Portal R7!