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Cachorro morre após ser atacado por outro cão em hotel de luxo para pets

Bibbo, de 4 anos, era da raça papillon. As tutoras entraram com um processo na Justiça contra o hotel fazenda

Foto: Reprodução/Fala Brasil

Os tutores do cachorro Bibbo, de 4 anos, da raça papillon, entraram com um processo na Justiça contra um hotel de luxo em São Paulo após a morte do pet. Bibbo morreu após ser atacado por outro cachorro dentro do local.

Ana Cecília Matgaz e Isadora, mãe e filha, relatam que contrataram o serviço do hotel fazenda, no município de Atibaia, a 67 km de São Paulo. Após Bibbo passar apenas uma noite no local, as duas foram informadas que ele havia morrido.

“A primeira coisa que falaram foi que havia acontecido uma fatalidade com Bibbo. Eles não souberam dizer como teria acontecido, mas que provavelmente ele havia tido uma briga com outro cachorro e que foi encontrado deitado de lado jorrando sangue”, conta Ana Matgaz.

Ainda segundo a família, era a terceira vez que Bibbo teria ficado hospedado nesse mesmo hotel. O cachorro foi entregue pela manhã, no feriado do dia 12 de outubro de 2023, e voltaria com outros cachorros para Atibaia em um transporte da empresa.

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Em um relatório emitido pelo hotel fazenda, que está anexado em uma ação judicial aberto pelas tutoras, consta a informação de que Bibbo estava em um quarto do estabelecimento com outro cão, de porte maior e sem raça definida.

Esse fato foi bastante questionado pelas tutoras.

“Não deu tempo de fazer esse trabalho de aproximação na noite em que eles foram colocados juntos. Eles (hotel) apressaram tudo, não deu tempo deles se conhecerem. Eu considero essa medida um erro grave que eles não admitem”, disse.

O laudo da necrópsia descreve que no corpo do cão havia fraturas, perfurações e mordidas.

De acordo com o processo judicial, a empresa alega que adota o serviço de juntar os cães, desde que um não exceda o dobro do peso do outro, uma prática recomendada por veterinários para não comprometer a segurança dos animais.

O processo também consta que uma ronda de rotina teria sido na mesma noite em que o cachorro chegou ao hotel. Bibbo teria sido encontrado morto cerca de 12 horas depois. 

“Essa foi a resposta deles. Como ninguém viu nem escutou nada, foi uma morte silenciosa. Eles não foram lá fiscalizar a situação como deveria”, declarou Ana. 

A ação aberta pela advogada da família pede a coleta de provas. Atendendo aos pedidos, o hotel relatou que não existem câmeras de segurança nos cômodos. Sobre o ocorrido na madrugada, a empresa se posicionou dizendo que os funcionários são orientados a respeitarem o tempo de descanso dos animais. 

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Em nota, o responsável pelo hotel, Bruno Cintra de Almeida, lamentou o ocorrido e reiterou as afirmações feitas pelos funcionários do hotel. Ele explicou que foi feita uma socialização de 5 a 7 minutos e que nada muito grave havia ocorrido nesse momento.

Bruno ainda diz acreditar em acidente e alega que não houve falha nos processos de segurança. Também ressaltou que foi a primeira ocorrência deste tipo em 25 anos de funcionamento do local. 

*Com informações do Portal R7