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Cachorro pode ter febre amarela?Saiba o que acontece se ele for picado pelo mosquito!

Os bichinhos precisam de proteção contra os mosquitos, que podem transmitir outras doenças como dirofilariose e leishmaniose

Cachorro pode ter febre amarela?Saiba o que acontece se ele for picado pelo mosquito!

O ano de 2018 começou com diversos registros de febre amarela no país. Apesar de, até agora, não haver nenhum caso no Espírito Santo, o Ministério da Saúde informou que 35 casos da doença já foram registrados no Brasil em janeiro.

Com o avanço da enfermidade, muitas pessoas se questionam sobre qual a melhor forma de manter os animais de estimação protegidos. “Os cães e gatos não são afetados pela doença. Os humanos e os macacos são os únicos hospedeiros da enfermidade que é transmitida por meio da picada de um mosquito infectado”, explica a Médica-veterinária Priscila Brabec.

De acordo com a médica, se um cachorro for picado pelo mosquito que transmite a doença, poderá ocorrer uma coceira no local, o que não significa que os animais estão totalmente protegidos. Além de causar uma série de incômodos, os insetos também podem transmitir outras doenças como a Leishmaniose e a Dirofilariose.

A Dirofilariose, mais conhecida como “verme do coração”, é comum em cidades litorâneas e de clima tropical, como a Grande Vitória, por exemplo. A transmissão acontece, principalmente, pelo Aedes aegypti, o mesmo responsável pela febre amarela.

De uma forma geral, a Dirofilariose se manifesta através de forma cardiopulmonar, comprometendo o coração e o pulmão. Os sintomas associados são emagrecimento, intolerância ao exercício, tosse, letargia, dispneia, síncope e distensão abdominal.

Outra doença que também pode infectar o bichinho é a Leishmaniose, que é uma zoonose de alto poder endêmico transmitida para os cães através da picada de um inseto infectado. Um animal positivo para leishmaniose serve como reservatório para o vetor, aumentando assim o risco de transmissão da doença para os humanos e outros cães.

Os cães podem demorar até dois anos para manifestar os sintomas da doença e costumam apresentar problemas dermatológicos como alopecia, úlceras, descamações, feridas de difícil cicatrização e hiperqueratose, principalmente no focinho, ao redor dos olhos e nas orelhas. É comum também a presença de onicogrifose, que é o crescimento anormal das unhas.

“Essas doenças são graves e podem até mesmo levar os animais ao óbito. Por isso, é importante que os cães estejam sempre protegidos contra a picada de insetos, através do uso de produtos repelentes. Essa é a melhor forma de prevenir a infecção do animal”, explica a veterinária.