A segunda edição da pesquisa realizada pela organização não governamental Artigo 19 e pelo Grupo de Acompanhamento e Estudos em Governança Socioambiental da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que transparência na gestão dos recursos hídricos do Espírito Santo caiu em mais de 30% entre os anos de 2013 e 2015.
O estudo analisou o Índice de Transparência no Manejo da Água nos estados e atribuiu pontuação de zero a 100, usando informações disponíveis nos sites dos órgãos gestores. O Estado obteve 38 pontos no ano passado, 19 a menos do que dois anos antes, quando a primeira edição do estudo foi realizada. Minas Gerais ficou em primeiro lugar no ranking com 65 pontos, seguido de São Paulo com 58.
Em comparação com os resultados de 2013, a maioria dos estados (16) registrou queda no índice. “A constatação de piora nos níveis de transparência na gestão de recursos hídricos de tantos estados é especialmente preocupante, uma vez que 2015 registrou crises de abastecimento de água em algumas regiões do país, como o Nordeste e o Sudeste”, diz o estudo.
Alguns estados, porém, evoluíram: Goiás que passou de 25 em 2013 para 52 no ano passado; o índice do Paraná passou de 26 para 39 e Rio Grande do Sul passou de 22 para 38.
Procurada para comentar o resultado do estudo e a queda no índice capixaba, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) informou que o site, principal objeto de análise do estudo, foi reformulado no início deste ano e que agora disponibiliza mais informações – como boletins de vazão diária dos rios, legislações, entre outras. Com a mudança, a Agerh afirma que o Estado ficará melhor posicionado na próxima avaliação.