A campanha de vacinação contra a gripe H1N1 termina nesta sexta-feira (10), no Espírito Santo. Os capixabas continuam à procura da vacina, mas as doses já acabaram em muitas unidades de saúde. Em outras, ainda tem fila de pessoas do grupo prioritário.
Dessa vez, estão sendo imunizadas, prioritariamente, crianças de seis meses a 5 anos de idade, gestantes, mulheres no período até 45 dias após o parto e pessoas com mais de 60 anos.
A Sesa alertou que apenas as pessoas desses grupos procurassem os postos de vacinação municipais. Doentes crônicos, como hipertensos e diabéticos, não serão imunizados dessa vez. A Secretaria de Saúde frisou ainda que, com essas 150 mil doses, o objetivo é imunizar 100% do grupo considerado prioritário.
De acordo com a Sesa, cada dose da vacina custou R$ 14,72. As 150 mil doses totalizaram R$ 2,163 milhões, custo que antes era do Governo Federal e que, devido à procura, o Estado decidiu comprar. A Secretaria de Saúde informou que não existem mais doses para serem compradas e cabe ao Ministério Público importar as vacinas, caso seja necessário.
De acordo com a secretaria, até sexta-feira (03), o Espírito Santo havia atingido 94,96% de cobertura vacinal, o que representa 686.265 pessoas imunizadas. Também foram vacinadas 158.068 nos grupos de pessoas com doenças crônicas e condições clínicas especiais; população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. Para estes grupos não há meta específica.
Até o momento, foram registradas no Espírito Santo 22 mortes por H1N1 em 2016. Desde o início do ano, foram mais de 600 notificações de síndrome respiratória aguda grave, mais de 130 casos da doença confirmados e outros 19 estão sendo investigados.
Determinação da Justiça
Na semana passada, a Justiça determinou que a Secretaria Estadual de Saúde coloque em funcionamento novos leitos para atender pacientes com H1N1 no noroeste do Espírito Santo. Os leitos devem ser abertos no hospital de Baixo Guandu e em outras localidades da região.
Além disso, deve ser feita a transferência de pacientes acamados, de longa permanência e necessitados de atendimento integral, para o Hospital João dos Santos Neves, em Baixo Guandu, ou outros. Também deve ser implementado o plantão de 24 horas nessas unidades.
A decisão veio após uma Ação Civil Pública com pedido de liminar ajuizada pelo Ministério Público Estadual. A ACP aponta que, em decorrência do surto da gripe H1N1, o atendimento do Hospital Sílvio Avidos, em Colatina, que atende a 32 municípios, se encontra comprometido, desabilitado e desestruturado. Demonstra também que faltam leitos no referido hospital com isolamento para pacientes afetados pela epidemia, o que vem causando inúmeras mortes na região, enquanto leitos em outros hospitais da região estão inutilizados, como no caso do Hospital João dos Santos Neves.