A campanha “Protegidas e Conectadas”, promovida pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), tem incentivado vizinhos a fazerem denúncias em caso de violência doméstica.
Se antigamente, o ditado dizia que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”, nos dias de hoje, essa visão, tem sido mudada.
A campanha trabalha diversos temas para coibir a violência contra a mulher durante a pandemia do coronavírus. Entre eles, assédio nos coletivos, divisão de tarefas dentro de casa e onde buscar ajuda em caso de agressão.
A campanha é divulgada nas redes sociais, aplicativos de mensagens, nos coletivos municipais, nos serviços de saúde e assistência social em funcionamento e também em estabelecimentos comerciais
Denúncias
A coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), Carla Coutinho, destaca que, em casos de conflitos entre casais dentro de casa, os vizinhos devem acionar os telefones 180 ou 190.
Segundo ela, o isolamento dificulta o acesso das vítimas aos canais de atendimento. “Faz-se necessário que vizinhos, parentes, amigos ou conhecidos estejam ajudando essas vítimas e fazendo as denúncias, lembrando que as mesmas são anônimas, sendo preservada a identidade do denunciante”, destacou.
Acompanhamento
A secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Renata Freite, destaca que um dos principais canais de atendimento é o Cramsv.
O serviço está funcionando em regime de plantão telefônico, pelo número (27) 99520-1927. O atendimento, que oferece acompanhamento psicossocial para as mulheres, é feito de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas.
“As mulheres precisam saber que não estão sozinhas neste momento de isolamento social e que podem contar com o apoio do poder público para buscar orientação devida, atendimento especializado e proteção. Juntas e conectadas, podemos interromper o ciclo de violências e, consequentemente, garantir seus direitos e a dignidade humana”, destacou Renata Freire.